Estre Ambiental apresenta em evento da ONU tecnologia de produção de energia a partir do biogás no Vale do Paraíba

Empresa líder em gerenciamento de resíduos no país ativa a primeira usina do tipo na região em seu aterro sanitário de Tremembé (SP)


A Estre Ambiental, líder em gestão de resíduos na América Latina, começou nesta semana a produzir energia elétrica a partir dos gases gerados pela decomposição do lixo na usina de biogás instalada em seu aterro sanitário de Tremembé, município paulista do Vale Paraíba.

A usina será a primeira da região a usar o biogás proveniente do lixo na produção de energia elétrica. Três motores vão gerar 4,3 mega watts, o suficiente para atender a uma cidade de 60 mil habitantes. A energia produzida vai para a rede elétrica da operadora local e é comercializada para empresas. O investimento foi de R$ 15 milhões.

O serviço tem importantes benefícios ambientais porque reaproveita gases que, se não tiverem o tratamento adequado, podem ser nocivos ao meio ambiente e contribuir para o efeito estufa.

O projeto desenvolvido pela Estre em Tremembé e que já funciona em Curitiba e na região da Ribeirão Preto será apresentado nesta quarta-feira (26) em Nova York, em evento do Pacto Global, iniciativa da ONU para fomentar a sustentabilidade em empresas. O painel vai debater o papel do setor privado no Brasil para promover a sustentabilidade. Ele acontece na semana da Assembleia Geral da ONU. Página do evento (http://pactoglobal.org.br/sdgs-in-brazil-conheca-os-palestrantes/)

Durante a apresentação, a Estre vai abordar a importância do investimento no setor pela iniciativa privada. Segundo a Associação Brasileira de Biogás e Biometano (Abiogás), os dados oficiais indicam que a energia elétrica gerada no Brasil a partir do biogás representa 0,15% da demanda de energia elétrica do país.

Aterros

No processo de produção de energia, os gases são sugados do aterro por meio de dutos, filtrados e levados à usina para queima e produção de energia elétrica. A expectativa é que até 11 mil toneladas de CO2 sejam aproveitadas todos os meses na usina de Tremembé.

Também como o aterro de Guatapará (na região de Ribeirão Preto), o de Tremembé foi considerado neste ano um aterro “nota 10” pela companhia ambiental estadual de São Paulo – Cetesb. Eles, além do de Jardinópolis,  receberam nota máxima no Índice de Qualidade de Aterros de Resíduos (IQR), que avalia o manejo dos resíduos, a estrutura e os cuidados com o meio ambiente. Todos os seis aterros sanitários do Grupo Estre no estado de São Paulo ficaram com avaliação positiva (nota acima de 7).