Empresa Visiona retoma serviços de mapeamento

Retomada dos serviços de sensoriamento remoto será por radar de abertura sintética interferométrico (InSAR) aerotransportado nas bandas X e P


Regiões com densa cobertura florestal e persistência de presença de nuvens, como ocorre em várias áreas do território nacional, sempre foram obstáculos para atividades de mapeamento com sensores ópticos. Para superar esses desafios para a obtenção de imagens com alta precisão e detalhe, foi desenvolvido o radar de abertura sintética interferométrico nas bandas X e P, que tem como principais características coletar dados de diferentes regiões, com características de relevo e cobertura florestal das mais variadas, através das nuvens e chuvas, registrando a informação da superfície com o radar em banda X e do terreno sob a vegetação com a banda P.
 
A Visiona Tecnologia Espacial, joint-venture entre a Embraer Defesa & Segurança e a Telebras, empresa voltada para a integração de sistemas espaciais e serviços em sensoriamento remoto e telecomunicações via satélite, iniciou a operação do serviço de sensoriamento remoto por radar de abertura sintética interferométrico (InSAR), aerotransportado, nas bandas X e P.
 
 
As principais aplicações dessa tecnologia são: mapeamento cartográfico e temático, monitoramento de áreas desmatadas, áreas inundadas, áreas com processos erosivos, estimativa de biomassa, operações de busca e salvamento, vigilância terrestre e marítima, controle de fronteiras, entre outras.
 
Para operações de monitoramento, por exemplo, a tecnologia InSAR nas bandas X e P proporciona análises mais críticas do terreno, capturando informações da superfície (banda X) e também do terreno sob a floresta (banda P). Com isso, é possível obter informações das áreas inundadas abaixo da floresta, ou vegetação densa, fundamentais para hidrelétricas no que diz respeito a gestão territorial, ambiental e prevenção de riscos e contenção de danos.
 
Outro fator importante é a alta resolução espacial das imagens coletadas pelo radar nas bandas X e P, com resolução espacial de até 50 cm, que torna factível identificar até mesmo o desmatamento seletivo, nas quais árvores individuais são removidas no interior da floresta.
 
 
 
Além disso, graças à capacidade da banda P de atravessar a vegetação, é possível detectar construções, veículos e trilhas escondidos sob a floresta, inclusive cortes do sub-bosque.