Pindamonhangaba confirma a saída do consórcio do SAMU

Com dívida de R$ 1 milhão, Isael diz que é inviável ao município permanecer no consórcio, mas cidade não perderá as ambulâncias




Pindamonhangaba irá se desligar do consórcio Cisamu, que administra o serviço do SAMU em nove municípios da região. A afirmação foi feita pelo prefeito Isael Domingues na manhã desta sexta-feira (25). O serviço segue até 1º de março, após essa data 30 funcionários serão desligados da base na cidade e as ambulâncias ficarão no município.

Com uma dívida passando de R$ 1,5 milhão, Isael afirma que a cidade não tem condições de pagar mensalmente ao consórcio o valor de R$ 395 mil, e acumular esse valor com os R$ 75 mil pagos mensalmente para o Consórcio Emercor, que já realiza serviço de resgate e emergência na cidade desde 2013.

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Pinda já possuía o seu serviço do Emercor antes do SAMU. Com a entrada no consórcio, passou a ter dois serviços de emergência sem necessidade, pois o Emercor atende mais pessoas que o SAMU", explica o prefeito. "Vale reforçar que assumimos a Prefeitura sem orçamento e com dívida de dois meses com o consórcio. A verba prevista aprovada para o serviço na cidade é de R$ 100 mil e o SAMU custa quase quatro vezes mais que esse valor."

Segundo o Prefeito, o Emercor atua na cidade com duas ambulâncias, uma ativa e outra reserva, e com disponibilidade de ambulância UTI. O serviço custa R$ 75 mil mensais ao município e a média de atendimento é de 450 pessoas/mês. Já o Cisamu atende 324 pessoas mensalmente, ao custo de R$ 395 mil mensais.

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O contrato com o Emercor conta com serviços semelhantes ao SAMU, porém com um contrato feito por atendimento e com um valor que cabe no orçamento. Além disso, ainda temos um contrato com a Clínica Guaratinguetá, para atendimento de alta complexidade e com disponibilidade para transporte de pacientes a outros municípios. Diferente do Cisamu, que é apenas local", reforça Isael.

Apesar da saída do consórcio, Pinda não perderá as ambulâncias que fazem o serviço do SAMU, duas básicas e uma avançada. "Nós não estamos deixando o SAMU, mas sim o consórcio Cisamu, por questão financeira, não tem como pagar o valor acordado pela antiga administração. Mas as ambulâncias são da cidade, disponibilizadas pelo Ministério da Saúde e patrimoniadas aqui, e agora serão utilizadas na cidade por funcionários da saúde do município", ressalta.

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 Prefeitura de Pindamonhangaba pagará a dívida de R$ 1,5 milhão com o Cisamu, equivalente aos meses de novembro de 2016 a fevereiro de 2017, de forma parcelada. O atendimento de emergência através do número 192 continua na cidade.



Consórcio Cisamu

O Cisamu, responsável pelo SAMU, foi inaugurado no dia 24 de novembro de 2016. A sede do serviço fica em Quiririm e as ambulâncias atendem, além de Taubaté, as cidades de Pindamonhangaba, Campos do Jordão, Lagoinha, Natividade da Serra, Redenção da Serra, Santo Antônio do Pinhal, São Luiz do Paraitinga e Tremembé. As cidades dividem as despesas do serviço.