O Sindicato dos Químicos e ambientalistas conseguiram impedir judicialmente, em 2012, a extração de areia no trecho do Rio Paraíba do Sul em São José dos Campos. A extração de areia pelo sistema de cavas é uma ação predatória que coloca em risco o abastecimento de água, a reprodução de peixes e tem danos permanentes em longo prazo no meio ambiente.
A fauna brasileira tem cerca de três mil espécies de peixes. O Rio Paraíba tem 154, mas a maior parte não é encontrada mais em toda a extensão do rio por causa da contaminação por poluentes pesados da indústria da mineração, além de despejos irregulares de detritos industriais e domésticos no trecho urbano do rio.
22 de setembro é Dia Nacional de Proteção a Fauna. Nesta data, o Sindicato dos Químicos lança o documentário "os danos da extração de areia no Rio Paraíba do Sul". O momento não poderia ser mais pertinente tendo em conta a conjuntura de destruição ambiental no país com queimadas, desmatamento, ataques governamentais aos institutos de conservação ambiental e de divulgação de dados ambientais, como: IBAMA, INPE, ICMBio, entre outros.
Para o dirigente do Sindicato dos Químicos e secretário da pasta de Meio Ambiente da Federação dos Trabalhadores Químicos (FETQUIM), Wellington Cabral, "não há uma política ambiental neste governo. O que existe são ações orquestradas e financiadas pelo poder público de destruição dos nossos recursos naturais por meio do ministério do Meio Ambiente a serviço da destruição, da devastação".
Este documentário chama a atenção para a importância de se preservar os biomas, os rios, os dados, pesquisas e, sobretudo, alternativas à prática de extração de areia por sistema de cavas.
As futuras gerações dependem desta luta, que é de todos nós!