Nanossatélite brasileiro teve lançamento adiado

O NanoSatC-Br2 deverá ser lançado ainda neste domingo (21)


O nanossatélite brasileiro NanoSatC-Br2 será enviado com o objetivo de estudar e monitorar em tempo real os distúrbios observados na magnetosfera terrestre, a intensidade do campo geomagnético e a precipitação de partículas energéticas sobre o território brasileiro.

O lançamento do foguete Soyuz-2.1A que levaria o NanoSatC-Br2, foi adiado na madrugada deste sábado (20), o anúncio foi feito nas redes sociais da agência espacial russa Roscosmos.

"Esses atrasos são muito comuns. Anomalias climáticas ou outros eventos que podem influenciar no lançamento estão sempre sendo monitorados. É uma pena, mas o processo todo requer muita segurança", afirmou Michele Melo, assessora de Inteligência da Agência Espacial Brasileira (AEB).

O evento deveria ter acontecido às 3h07 no Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão. Ainda não há informações sobre a causa do adiamento.

É provável que o novo lançamento do foguete seja neste domingo (21), às 9h07 (horário de Moscou) e as 3h07 (horário de Brasília).

O lançamento poderá ser assistido através dos canais www.youtube.com/mctic e www.youtube.com/inpemct.


Sobre o NanoSatC-Br2

O lançamento de nanossatélite é parte do projeto de desenvolvimento de missões espaciais com foco científico, tecnológico e educacional apoiados pelo MCTI e parceiros.

Os satélites padrão CubeSat são plataformas padronizadas mais baratas e acessíveis e de rápido desenvolvimento. Suas aplicações no Brasil têm sido, principalmente, com foco em pesquisas e capacitação de recursos humanos e operacionais e, o NanosatC-Br2, posicionará o Brasil à frente na discussão sobre importantes questões das pesquisas relacionadas ao Geoespaço, Aeronomia, Geofísica Espacial e de Engenharias e Tecnologias Espaciais.

O NanoSatC-Br2 é o segundo nanossatélite científico universitário brasileiro, proposto no âmbito do Programa NanoSatC-Br, que consiste em uma parceria entre a Agência Espacial Brasileira - AEB/MCTI o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE/MCTI, ambas instituições vinculadas ao MCTI, e a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), do Rio Grande do Sul.

O programa é voltado para a integração e formação de professores universitários, alunos de graduação e pós-graduação, pesquisadores e tecnologistas em projetos de pesquisa espacial e áreas afins, como o desenvolvimento de engenharias, tecnologias espaciais, ciências da computação e espaciais, promovendo a preparação de uma nova geração de profissionais, pesquisadores e promotores do conhecimento sobre o assunto.