Com 12 milhões de cadastros para avaliar, governo não vai antecipar 2ª parcela do auxílio emergencial

Ministério da Cidadania diz que o governo está impedido legalmente de fazer a antecipação da segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600


O governo federal recuou da intenção de antecipar a 2ª parcela do auxílio emergencial de R$ 600. Na segunda-feira (20), o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, anunciou que os trabalhadores informais e pessoas inscritas no Cadastro Único de Programas Sociais do governo federal (CadÚnico) nascidas em janeiro e fevereiro receberiam a segunda parcela nesta quarta-feira (23).

Em nota divulgada na noite de ontem (22), o Ministério da Cidadania informou, em que o governo está impedido legalmente de fazer a antecipação da segunda parcela do auxílio. Segundo a nota, o ministério recebeu uma recomendação da Controladoria Geral da União (CGU) e cancelou a antecipação da segunda parcela.

De acordo com o ministério, é muito alto número de informais cadastrados e ainda serão avaliados cerca de 12 milhões de cadastros para a primeira parcela. Nas redes sociais, as reclamações são constantes, principalmente do contingente de pessoas que se cadastraram entre os dias 7 e 10 de abril e que, ao consultar o aplicativo, recebe o aviso de situação "em análise".

O governo alega que o recurso disponível para cada uma das três parcelas é de R$ 32,7 bilhões, já foram transferidos R$ 31,3 bilhões. Em função disso, o ministério produziu nesta quarta-feira uma nota técnica e solicitou ao Ministério da Economia a previsão para uma suplementação orçamentaria o mais rápido possível.

Ainda segundo a nota, em função disso, por fatores legais e orçamentários e pelo alto número de requerentes que ainda estão em análise, o ministério está impedido legalmente de fazer a antecipação da segunda parcela do auxílio.

Com informações da Agência Brasil