Reformas estruturais na economia trarão mais queda de juros, afirma CNI

De acordo com a confederação, o país iniciou sua recuperação econômica devido a aprovação da reforma da Previdência e o controle da inflação


A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia que avanço nas reformas estruturais da economia brasileira pode manter em baixos níveis os juros básicos. A entidade defende que, para que as taxas voltem a cair no futuro são necessárias medidas adicionais para garantir espaço para novos cortes.

De acordo com a confederação, o país iniciou sua recuperação econômica devido a aprovação da reforma da Previdência e o controle da inflação, medidas que foram os primeiros passos para garantir os sinais de retorno do crescimento. No entanto, para a CNI, a reforma tributária deve ser a nova prioridade.

"O governo, o Congresso, os empresários e os demais segmentos da sociedade precisam se mobilizar para que o país acelere a agenda de reformas voltadas ao crescimento da economia e da indústria. A prioridade desta agenda é a reforma tributária", destacou a confederação em nota.

Outras ações que a CNI considera imprescindíveis foram listadas, como a redução dos custos dos financiamentos, o corte da burocracia, a modernização da infraestrutura, os investimentos em inovação e na formação de trabalhadores.

Para a entidade, Copom acertou ao reduzir os juros básicos da economia para 4,25% ao ano, porque a inflação está sob controle e a economia enfrenta incertezas, como o fraco desempenho da indústria em dezembro e o surto de coronavírus.

"Diante do cenário de incertezas, a redução dos juros é indispensável para estimular o consumo das famílias e o investimento das empresas", ressaltou o comunicado da CNI.

Redução de juros - Em nota divulgada à imprensa, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) considerou acertada a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir a taxa básica de juros da economia em 0,25 ponto percentual. "Os resultados negativos da atividade econômica e expectativas para a inflação ancoradas abaixo da meta são elementos que sustentam a redução da Selic", afirmou a entidade no comunicado.

A federação destacou novamente a necessidade de continuidade da agenda de reformas estruturais pelo governo federal. "A concretização de medidas fiscais, como a reforma tributária e o Plano Mais Brasil, será fundamental para a retomada do crescimento sustentável e a manutenção das expectativas ancoradas", avaliou a entidade.

Com informações da Agência Brasil