Sem exceção todos temos ansiedade, uns mais, outros mais ainda! Controlar essa ansiedade não é tarefa das mais simples, talvez seja o grande desafio dos tempos atuais, e segundo alguns estudiosos do tema, senão for controlada pode tornar-se “o grande mal do século”. Cheguei então à conclusão que ansiedade só existe pra ser controlada.
Pensando sobre o tema, o que nos diferencia é justamente a maneira como tratamos nossa ansiedade! Alguns podem afirmar que ansiedade na medida certa, pode ser nossa amiga, mas e aí? Medida é certa? Quais os parâmetros? Existem? A medida certa para você pode estar muito longe da ideal para mim.
Perceba com o passar dos anos, que nos tornamos mais observadores, analíticos e críticos, isso é bom, natural e perigoso.
Andei falando com algumas pessoas da mesma faixa de idade (em torno dos 45 anos) e descobri que pensamos de forma semelhante.
Ultimamente vinha me cobrando, e mesmo me culpando, achando que o tempo tinha passado e que poderia ter feito muito mais, não digo acertado mais, mas realizado mesmo, o que gerou uma ansiedade muito grande em mim. Comecei a sentir frustrações: “parece que fiz tanto e não fiz nada”.
Interessante que quanto mais ansiedade tinha, menos fazia, menos raciocinava, essa sensação de insatisfação comigo mesmo chegou a durar certo período.
Foi depois disto que escrevi o artigo: "Passado, ansiedade e futuro, um rio que passa" (https://www.agoravale.com.br/colunas/Artigo-do-Bem/passado-ansiedade-e-futuro-um-rio-que-passa ).
Interessante que recomendam várias ações para diminuir ansiedade: exercícios físicos, controle da respiração, diminuição do stress, evitar pensamentos negativos, busca de ajuda de profissionais da saúde da mente, boa alimentação (alimentos que sejam fonte de triptofano, um aminoácido precursor da serotonina...), etc.
Foi uma época tão difícil para mim, fiquei travado literalmente, pois até a coluna foi afetada, o que me resultou a necessidade de 20 sessões de terapia. Não conseguia sequer orar, foi o tempo que rezava somente “Ave Marias”.
Minha mente não descansava, estava acelerada, e foi então que em uma das pesquisas no “companheiro Google”, descobri vários alimentos que poderiam me auxiliar no controle da ansiedade (frutas, cítricas, espinafre, peixe, chocolate, banana, etc). Na verdade nem mudei muito os costumes alimentares (embora precise), mas foi aí que me toquei: “tá na hora de dar uma banana pra ansiedade”...
Refleti... Somos frutos de nossa crença, no que ando acreditando? O que estou fazendo? Sentindo?
Comecei então a mudar meus pensamentos, passei a olhar em volta de mim, ao invés de só pra dentro.
A primeira coisa que percebi é que há uma linha muito tênue entre frustração total e a realização plena. Comecei a mudar o foco, o lado, o jeito de ver as coisas... O jeito de sentir... Optei em olhar as realizações, tirei o foco das frustrações.
Estou aprendendo a contemplar as pessoas a minha volta:
Olhei meus filhos, crescidos, faculdade, carreira, sonhos, e percebi o quanto com tantos desacertos, contribuímos positivamente para a construção do sucesso que buscam em suas vidas e que já vivem...
Olhei minha esposa, 23 anos se passando! Uma eternidade, que parece ter começado ontem! Dizem: “quando o filme é bom, passa rápido”! Puxa! E como!
Fui olhando, ordenando meus pensamentos, e percebendo que é preciso mesmo dar “uma banana” pra ansiedade.
Pra quem acredita e vive da fé, a vida é tão maravilhosa, dom de Deus, que nos é permitido ser o que acreditamos...
Isto é maravilhoso, é aprender a pescar o peixe! Não é coincidência que Jesus, nosso Mestre, começou o ministério recrutando pescadores, os convidando a serem “pescadores de almas”.
É preciso aprender a pescar! Pescar nossa alma, os sentimentos, as alegrias, o bem estar, a paz, harmonia! Será possível? Pode perguntar você?
A resposta está justamente na escolha! O que se quer pra vida? Quais os parâmetros você definiu?
Sempre é tempo, não precisa recomeçar, basta seguir, é como a canção:
“Nossos ídolos ainda são os mesmos, e as aparências não enganam não.
Você diz que depois deles não apareceu mais ninguém.
Você pode até dizer que eu ‘tô’ por fora, ou então que eu ‘tô’ inventando.
Mas é você que ama o passado, e que não vê. Que o novo sempre vem!
Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo, tudo, tudo o que fizemos, nós ainda somos os mesmos e vivemos... Como nossos pais” (Belchior).
Boa semana! Ah! Aproveita para ao menos pesquisar sobre os alimentos que combatem ansiedade, e também pra ouvir a música “Como nossos pais”.
Ah! Você quer o link? Vá pesquisar! Vá pescar! “Dê uma banana pra ansiedade!”.