Na coluna dessa semana o Agora Vale faz um alerta aos tutores: nos últimos 30 anos, de acordo com um estudo do Inpe - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, a média de dias em que o território brasileiro passou registrando ondas de calor aumentou de 7 para 53.
Por isso é importante manter cuidados especiais para garantir a saúde e o bem-estar dos pets, evitando situações de perigo como queimadura das almofadinhas das patas, desidratação, viroses, leptospirose, alergias sazonais, parasitas e hipertermia.
Para que os pets aproveitem da melhor maneira possível esses dias mais quentes, é importante seguir algumas recomendações e adotar medidas simples de prevenção.
Ainda que os passeios pareçam ser sempre uma boa pedida nos dias de sol, as altas temperaturas podem ser prejudiciais para os animais. Portanto eles devem acontecer bem cedo, quando o sol está mais fraco, ou à noite, quando ele está se pondo, evitando uma hipertermia que pode provocar até a morte do animal.
Como os pets na grande maioria têm pelos longos, eles podem sentir ainda mais calor, por isso é preciso tosar, evitando apenas esse procedimento em raças que têm subpelo, como o Malamute, Husky Siberiano, Chow-chow, Akita e Spitz. A pelagem desses animais funciona como um isolante térmico, além disso, a tosa pode mudar completamente a textura do pelo.
A hidratação é muito importante, especialmente durante essas ondas de calor. A água deve ser fornecida à vontade, pois ajuda muito na diminuição da temperatura corporal.
A desidratação ocorre como resultado de uma diminuição acentuada do líquido corporal. Os sintomas mais comuns são vômitos intensos, febre, ingestão insuficiente de alimentos ou água e diarreia.
As viroses intestinais são bastante incidentes nos dias mais quentes. É o caso da parvovirose que causa uma diarreia com sangue. Nesse caso, o vírus é mais resistente ao calor. A boa notícia é que a imunização contra a doença faz parte do calendário regular de vacinação dos cães.
Problemas dermatológicos podem ocorrer durante essa onda de calor. Isso ocorre porque as bactérias se desenvolvem mais facilmente no calor e a Malassezia, que é um tipo de fungo causador de alergias, também tem preferência por calor e umidade.
Os cães podem ser alérgicos a uma série de itens sazonais, como pulgas, grama e diversas plantas, por isso caso seja identificado que o pet pode ter algum tipo de reação alérgica, coceira ou talvez diminuição da pelagem, recomenda-se uma visita antecipada ao médico-veterinário.
Uma opção para evitar problemas dermatológicos é o uso do protetor solar, que pode ser indicado tanto para os gatos quanto para cães das raças Boxer, Bull Terrier, Pitbull e outros animais brancos que tenham pelos curtos e estejam mais expostos aos raios solares, já que eles correm um risco maior de desenvolver câncer de pele.
Por fim é preciso ficar alerta com a hipertermia, que ocorre quando o animal perde seu potencial natural para controlar a temperatura corporal. Trata-se de uma ameaça perigosa à vida dos animais e que em alguns casos, pode ser mortal.
Os sintomas consistem em maior frequência cardíaca, maior salivação, língua avermelhada brilhante, gengivas avermelhadas ou pálidas, depressão, fraqueza e tontura.