Esta derrota do argentino River, na última terça, seria um castigo dos deuses do futebol ou um reflexo da falta de desorganização da Conmebol e dos clubes de futebol sulamericanos.
O River jogou um futebol muito abaixo do nível técnico, demonstrou um cansaço físico e muitas dificuldades na criação das jogadas ofensivas foi eliminado na primeira fase do Mundial de Clubes FIFA. No tempo normal terminou empatado em 2 a 2, a arbitragem buscou facilitar as coisas para o River, viu falta onde não existia, acionou o VAR para favorecer o River e tal, com a prorrogação permaneceu empatada o jogo foi decidido nos pênaltis, sim, a derrota e eliminação do River no Mundial de Clubes veio nas penalidades, muitos irão dizer que pênalti é loteria. Eu também digo! Mas neste caso não, parecia que a perna do último batedor do pênalti do River estava amarrada quando chutou nas mãos do goleiro na cobrança decisiva, neste caso, vou dizer, foi um castigo dos deuses do futebol para o River, por tudo que sua torcida aprontou na final da Copa Libertadores.
Volto a análise do jogo que eliminou o River, após um jogo muito abaixo do esperado, apático dentro de campo, com um pretenciosismo fora do normal, diríamos no popular, a famosa mascara, achou que seria uma tarefa fácil liquidar a fatura e derrotar uma equipe sem expressão, os jogadores do River estavam nitidamente desinteressado com a partida e também desgastados em razão do esforço feito no jogo decisivo da Libertadores contra o Boca na Espanha, jogo que realmente valeu para os jogadores do River. A equipe dos Emirados Árabes soube aproveitar-se das limitações e cansaço dos argentinos e jogou, dentro dos padrões do futebol atual, por uma bola, assim, surpreendeu o adversário. Foi um jogo típico do futebol atual, que uma equipe explora o erro do adversário e não construir jogadas com a bola no pé.
O campeão da Copa Libertadores de 2018 eliminado do Campeonato Mundial de Clubes pelo Al-Ali dos Emirados dos Árabes e fora do torneio intercontinental, seria um castigo dos deuses do futebol ou uma reafirmação da teoria Bola Puni Muricyniana, ou as duas coisas ao mesmo tempo.Se a Conmebol não teve a capacidade de punir o River, os deuses do futebol não perdoaram. Muricy Ramalho nos seus melhores momentos de reflexão, proferiu esta frase: a bola puni. Eu também acho que puni e puniu o River mesmo! Os deuses do futebol estarão de prontidão! O River nem merecia estar disputando este torneio, por tudo que a sua torcida causou na Argentina e que provocou as tomadas de decisões da Conmebol, que foram polêmicas e que atendiam a interesse externos ao futebol, qual a intenção de levar um jogo de final da Libertadores para Madrid na Espanha, esta decisão beneficiou o River (publiquei anteriormente um artigo sobre esse assunto nesta coluna).
Ao ser eliminado por um time sem expressividade no cenário do futebol mundial na primeira fase do Mundial de Clubes, o River entra para a história dos grandes vexames sulamericanos no Mundial de Clubes desde 2000. Que possui clubes brasileiros que protagonizaram tal vexame, casos: do Inter de Porto Alegre, que em 2010 perdeu para o Mazembe, do Congo, por 2 a 0 e do Atlético Mineiro, eliminado em 2013 pelo Raja Casablanca, do Marrocos, ao perdeu por 3 a 1.
Por fim, fica a reflexão, esta derrota demostra o momento atual de desorganização do futebol sulamericano que reflete dentro de campo em equipes pouco competitivas no cenário do futebol mundial, contra fatos não a argumentos, vejamos, o último campeão do Mundial de Clubes que representou a América do Sul foi o Corinthians a seis anos atrás, em 2012.
Teófilo Pimenta é professor universitário, diretor do Instituto Esporte Vale (IEVALE), profissional formado em Educação Física, especialista em Educação e mestre em Desenvolvimento Humano. Procura refletir e compreender o fenômeno esporte nas suas diferentes dimensões. Colunista no AgoraVale desde 2018.