Vale do Paraíba recebe Mutirão da Psoríase

Inscrições estão abertas para atendimento médico online e presencial


Camila Kallaur, médica responsável pelo mutirão na região. Camila Kallaur, médica responsável pelo mutirão na região.

No próximo dia 29, o Vale do Paraíba sedia o 'Mutirão da Psoríase', iniciativa inédita na região que vai oferecer atendimento médico para pacientes com psoríase. O mutirão faz parte da campanha nacional 'Pele sem Psoríase' que busca democratizar o tratamento e promover a qualidade de vida e o equilíbrio emocional entre os pacientes da doença. A iniciativa é da médica Camila Kallaur, dermatologista especializada em tratamento da psoríase.


As consultas presenciais do Mutirão da Psoríase terão valor reduzido e envolverão diferentes especialidades para o melhor diagnóstico e tratamento como dermatologia, fisioterapia, reumatologia e estética.
Para se ter uma ideia, mais de 5 milhões de pessoas têm a doença no Brasil. No mundo, o número chega a mais de 125 milhões de portadores, segundo dados da ONG Psoríase Brasil.


A psoríase é uma doença inflamatória da pele, crônica e não contagiosa, sendo sua principal característica a presença de manchas vermelhas grossas que descamam. Geralmente, elas aparecem no couro cabeludo, cotovelos, joelhos e, em alguns casos, podem se espalhar por toda a pele e também atingir as articulações.


E, apesar de não ser contagiosa, afeta a autoestima e a qualidade de vida do paciente. Um estudo feito pela Hall and Partners e denominado Closer Together, coloca o Brasil em segundo lugar no ranking das nações cujos pacientes relatam maior impacto da doença. Em primeiro lugar aparece a Arábia Saudita.


E a ideia do mutirão surgiu, justamente, por conta da pandemia que afetou em vários aspectos a vida social e, principalmente, a questão emocional e psicológica das pessoas já que a psoríase tem uma influência muito grande tanto no aparecimento inicial como na piora do quadro.


"O fator emocional é muito importante. As pessoas estão sofrendo muito e sozinhas em casa. Essa é a importância do mutirão para elas saberem que podem e que devem procurar um especialista para um tratamento adequado", afirmou a médica Camila Kallaur.


Segundo ela, muitas pessoas deixam de procurar ajuda porque ficam envergonhadas. Porém, é válido ressaltar que a psoríase é uma doença sistêmica e pode evoluir, caso não seja tratada, afetando outros órgãos como articulação e aumentando o risco de doenças cardíacas, além de alteração do sono e o maior índice de depressão."A maior dificuldade das pessoas é, justamente, fazer o controle de todos esses fatores externos e, muitas vezes, buscar um profissional que saiba tratar corretamente para poder oferecer qualidade de vida e melhora para o paciente", disse. 


Normalmente, a psoríase aparece em adultos jovens, de 20 a 40 anos. Pode também começar na infância ou com mais idade também, mas isso não é o mais comum.

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