Prognosticar quais partidos ou federações assumirão as cadeiras que ficarão vagas nas câmaras de vereadores é sempre um desafio. Em Pindamonhangaba, certos aspectos o tornam até mais difícil. Pensando nisso, e após uma rigorosa análise dos dados disponíveis, fiz um complexo exercício na exaustiva busca desse objetivo. O resultado já foi publicado nas minhas redes sociais.
Para chegar à conclusão, levantei dados históricos de 2004 a 2024 no que tange ao eleitorado e em relação aos votos válidos até 2020. Com esses números calculei estatisticamente o que faltava: o valor dos votos válidos (VV). Isso também me possibilitou calcular a previsão do quociente eleitoral (QE). Em seguida, consultei os resultados obtidos pelos candidatos que disputaram as eleições nesses mesmos anos. Mais de 18 mil registros foram levantados, envolvendo candidatos a vereador e a deputado. Cruzei esse universo de dados com os nomes dos 231 candidatos registrados (229 3 inaptos - dados extraídos no TSE em 21/09 - 13h06) para concorrer em 2024. Obtive a provável força eleitoral dos partidos e federações que disputarão vagas para compor a próxima bancada municipal. Como esperado, uma boa parte dos candidatos ainda não tinha participado de nenhuma eleição anterior. Analisei suas fichas no cadastro do TSE e também suas redes sociais, com o intuito de detectar os que têm maior possibilidade de êxito nas urnas. Não ignorei o fato de que meus estudos apontam para a raridade do êxito de candidatos que disputam sua primeira eleição. Geralmente, os eleitos são aqueles que já exercem mandatos ou já participaram com sucesso (votação significativa) de outras eleições.
O próximo passo foi me certificar de que os números obtidos estavam de acordo com o que foi apontado na minha previsão: no nosso caso, um total de 78 mil de votos válidos. A seguir, estimei a porcentagem de votos válidos que cada partido tende a atingir. Isso é importante porque, para conquistar mais uma cadeira, o partido necessita de uma quantidade de votos suplementar igual ao do QE, ou seja, no caso de Pindamonhangaba, cerca de 7 mil votos para conquistar uma cadeira e 14 mil para garantir mais uma. Existe uma margem de quase 7 mil votos (previsão) na qual o partido ainda permanece com apenas uma cadeira.
Outro ponto importantíssimo é o fato de evidências empíricas indicarem que, do total de candidatos concorrendo (229), apenas cerca de 4% (em torno de 9 candidatos) atingem uma quantidade de votos igual ou superior a 20% do QE, ou seja, mais ou menos 1,4 mil votos nominais. Considera-se que isso pode ser favorecido pelo menor número de candidatos concorrendo ao pleito. Enquanto agora temos 229 candidatos, em 2020 tivemos 365.
Tudo isso me levou a crer que, dos 18 partidos isolados e três federações partidárias que disputam as vagas disponíveis no legislativo pindamonhangabense, apenas 6 partidos isolados e 1 federação partidária preencherão as vagas disponíveis. Veja o gráfico:
Acredito ainda que o PP ou o PSD possam ser favorecidos pela conjuntura atual, o que faria com que um deles tivesse a chance de conquistar mais uma vaga. De qualquer forma, continuo insistindo na formação mostrada no gráfico.