Dentro da dinâmica da Igreja, nos chamados "tempos" litúrgicos, considero o Tempo Comum como um dos tempos mais ricos da experiência de Deus na nossa vida, pois a fascinante simplicidade de Deus se traduz em gestos do cotidiano e fala sempre de modo simples para os corações simples.
Já nos recorda a atitude narrada no Primeiro Testamento da intervenção de Deus na vida de tantos homens e profetas, quando estabelecia com eles um compromisso de se tornarem portadores da sua mensagem, recordemos, por exemplo, de Moisés, de Samuel, de Isaías e outros. Assim também no Segundo Testamento, destacando Maria, quando anuncia que o Senhor faz grandes coisas no coração do simples e despede os ricos sem nada.
A vida comum, feita da simplicidade litúrgica de todos os dias, é o ambiente sagrado aonde Deus monta a sua tenda e habita entre nós. Isso é maravilhoso aos nossos olhos. Assim o próprio Cristo expressa, louvando o Pai por ter revelado essas coisas no coração dos simples.
Simplicidade nos aproxima do cotidiano, do comum da vida, do comum das nossas atitudes e dos nossos relacionamentos.
Vida simples que se reveste de profundidade. Profundidade que nos aproxima da verdade e verdade que nos liberta.
Hoje somos chamados a quebrar as cadeias da prepotência e encontrarmos em nós a possibilidade das coisas simples! É no comum que Deus pode entrar e sentir-se em casa.