A vida de cada dia

Que o ser humano volte a ter a coragem de dar as mãos e caminhar nessa bonita e desafiadora estrada que nos conduz a Deus.


Você se lembra daquela história de um jovem que recolhia estrelas do mar, uma por uma, devolvendo-as ao oceano? Um observador indaga o jovem sobre a sua atitude de recolhê-las e o jovem lhe fala do cuidado para com cada uma, para que não morram. O observador tenta desencorajar aquele jovem ao comentar das centenas de estrelas que estão pela extensão do mar. O jovem, então, pegando mais uma estrela e jogando-a de volta ao oceano responde: "Para essa eu fiz a diferença".

                O mundo, bem ao nosso redor, em muitos momentos, comporta-se como esse observador. Como existem pessoas sempre prontas para desencorajarem outras. É mais fácil nos antecipar na arte de desanimar os outros. Acreditar na vida e nas possibilidades dá muito trabalho! Preferimos nos manter na postura de observar e criticar sem nada fazer.

                Muitas vezes, perdemos tempo demasiado em analisar uma flor e esquecemos de sentir o seu perfume. O ser humano vem se tornando intolerante e arrogante e o mundo perdendo o seu brilho e o seu calor. Como seria bom viver o que diz a canção: "Precisamos (ainda) fazer das flores, nosso mais forte refrão".

                Assim é a nossa fé, ela não é algo que deve ser intelectualmente compreendida, mas experimentada. Os muitos conceitos que vamos adquirindo podem nos afastar do que deve ser transformador e arrebatador. Muitos têm a sensação de caminhar longos percursos na vida e perceber-se numa pobreza essencial. 

                É uma velha canção que aprendi: "A vida é a luz da manhã, é o cheiro do verde hortelã. Um menino brincando na praça. A vida é a chuva que cai. É um sonho bonito de paz. (...) Vida é o olhar da criança. É a fé na esperança. A saudade de alguém. É o pão repartido, é a força do bem".

                Que o ser humano volte a ter a coragem de dar as mãos e caminhar nessa bonita e desafiadora estrada que nos conduz a Deus.