Muitas pessoas vivem mantendo estruturas. Na História da Salvação, no tempo do antigo povo hebreu, muitos viviam pela Lei descomprometida com a vida e impunham, desse modo, cargas pesadas sobre os ombros dos outros.
Muitas pessoas preferem permanecer nos saudosismos que, de alguma forma, responderam bem para situações passadas, mas que nada oferecem para os desafios de hoje. É como viver caminhando em círculo, sem experimentar a novidade da estrada. Não podemos mais acreditar que vale a pena manter estruturas e lutar pela sobrevivência diária.
Somos provocados, teologicamente, a viver um caminho de renovação. É a experiência corajosa do verdadeiro abandono nas mãos de Deus, que, como brisa suave, tem muito a nos comunicar.
Perdemos a capacidade de confiar mais em Deus e preferimos acreditar em nossos esquemas, deixando de lado a humildade, a simplicidade e a autenticidade.
O momento que vivemos, pode ser um tempo oportuno de recuperar a ternura, no desejo de superar os conflitos e agir pela misericórdia. São muitos os modos de expressar essas atitudes, começando com a delicadeza para com quem presta um serviço para nós, por exemplo. Uma palavra de agradecimento e de reconhecimento ou um olhar mais atencioso e não condenatório. Coisas que estão ao nosso alcance.
Somos provocados a criar uma cultura da vida, que proponha calor humano e respeito a tudo o que é diverso. O respeito é a porta de entrada para todo bom relacionamento. Onde existe respeito, existe compreensão e cuidado.
Sejamos mais autênticos em nossa identidade como imagens e semelhanças de Deus e que nossa credibilidade seja mais palpável diante das pessoas.