A vivência do amor, como vocação primeira à vida, leva-nos, como pessoas, a construir relacionamentos que passam pelo respeito, pela sensibilidade, pelo cuidado.
Não podemos desistir de impulsionar as pessoas a acreditarem na vida como valor maior e a colaborarem com o nascimento de uma sociedade nova, fundada na partilha, na solidariedade, na sensibilidade diante da dor e da desesperança. É preciso quebrar o egoísmo que nos faz cegos diante do sofrimento.
Dirigindo-se aos jovens latino-americanos, O Conselho Episcopal Latino-Americano, provoca o trabalho pela paz, que exige uma pedagogia que eduque o ser humano à não-violência nos conflitos, que busque o respeito e a fraternidade como bandeira, que trabalhando pela paz, assimilem os valores da justiça, da solidariedade, da verdade e do perdão, erradicando tudo o que possa originar a violência nos corações humanos.
E precisamos cuidar mais do que deixamos sair de nossos corações e das nossas intenções, pois numa palavra destorcida e carregada de ressentimento, podemos gerar a triste segregação que fere tantos relacionamentos.
É o cuidado que demonstramos conosco, que nos mostra o quanto amamos a Deus, pois o amor a Deus passa pelo amor ao próximo e a nós mesmos. E como cuidar do ambiente que nos rodeia? Somos chamados a cultivar esse grande jardim que é a natureza que nos envolve. Acompanhamos, com profunda tristeza, o descuido com nossas matas, nossos animais, nossas reservas... tudo pela ganância humana. É preciso, também, reafirmar nosso amor pela natureza, descobrindo a presença de Deus em cada criação, trata-se da nossa "casa comum".
Precisamos muito crescer em diversos aspectos da vida, que infelizmente, deixamos relaxar em nossas escolhas, como sair do individualismo, do consumismo exagerado, da absolutização do prazer, da intolerância, da injustiça, da discriminação e tantos outros comportamentos que nos distanciam do Amor Maior.
Busquemos a solidariedade como possibilidade de uma nova humanidade, uma civilização que nasce do amor e para o amor!