Outro dia, chamava-me a atenção, políticos decidindo sobre a situação de uma denúncia de outro político e recordava que, em tempos de campanha, o povo é importante demais para o futuro do País e em momentos tão delicados, o mesmo povo não tem direito e nem voz para opinar sobre a lambança que tais “políticos” realizam de maneira tão imoral. Por que não dizer: a imoralidade guiando os imorais!
Em tempos assim, de tamanha vergonha e desesperança, somos chamados a anunciar o Evangelho, pois esse é o compromisso de todo cristão. Jesus foi esse homem que, diante das autoridades do seu tempo, não deixou de anunciar a justiça e denunciar os erros.
O nosso grande desafio é promover, à luz do Evangelho, a cultura do encontro. É a “vida em Cristo” que garantirá a solidez do nosso anúncio, fecundando toda a nossa missão. Mais do que criatividade ou planejamento, o que nos assegura como discípulos é a fidelidade a Jesus Cristo.
Esse “permanecer” com Cristo não significa um isolamento de tudo e de todos, pelo contrário, é aprender a ir ao encontro dos mais necessitados, ser um sinal de esperança diante das muitas realidades de morte que vivem. Deus nos quer missionários do seu amor e só pode levar alguma coisa, aquele que tem algo para oferecer.
É o Evangelho sendo transformado em realidade, em gestos de solidariedade, em respeito à vida humana, o que falta da parte daqueles que deveriam ter a preocupação social para com o valor da vida.
Ajudemos nossos irmãos e irmãs a descobrirem a alegria da fé, a não desistirem de acreditar na vida, mesmo diante das terríveis realidades de sofrimento que enfrentam. A nossa luta é tornar este mundo um lugar melhor. Uma fé revolucionária!
Tenho certeza que muitos se sentem impotentes diante disso, mas somente em Cristo, encontramos essa força para acreditar e semear a esperança!