Recordei-me, alguns anos idos, da Campanha da Fraternidade, que trouxe esse questionamento como tema central, ajudando as famílias cristãs a se identificarem em todo o Brasil, diante dos desafios sociais que vivemos.
Falar de família no âmbito social é dialogar hoje com diversos modelos de "famílias" que existem. Dialogar não significa abrir mão do que se tem de valor, mas respeitar o que se tem de diferente. É muito triste quando temos os valores desrespeitados ou quando desrespeitamos os valores dos outros. Diante de tanta intolerância, é desolador ver tamanha violência no comportamento humano.
Comemoramos o "dia dos pais" e essa data me traz recordações tão especiais da minha casa, da minha família, da forma como sempre respeitamos e homenageamos aqueles que são nossos principais modelos e educadores. É o desenho de família que acompanhou minha educação, que formou a pessoa que hoje me tornei, com minhas qualidades e minhas precariedades. É enriquecedor ter uma história para se contar, uma genealogia para se cultivar, uma cultura para se alimentar.
Quantas famílias se deparam com tantas violações que as separam e, não existe nada mais desolador, que ver uma família rompida ou destruída pelas injustiças sociais.
Creio que o maior tesouro que temos para cultivar na vida é a construção de um lar, a feliz convivência dos cônjuges, a harmonia entre pais e filhos, a casa onde temos nosso porto seguro, onde seremos sempre acolhidos e protegidos.
Que cada ser humano possa resgatar o seu papel dentro da família, cada um buscando fazer bem o que precisa ser feito. É urgente e necessário resgatarmos o valor de nossas famílias e não deixarmos que o mundo lá fora venha ditar as regras de como devemos ser.
E assim, respondamos a essa interrogação: "Graças a Deus, minha família está abençoada e segue em paz".