Ele é o Senhor de nossas vidas
Celebramos a Solenidade de Cristo Rei neste último domingo e essa festa nos ajuda a compreender o que significa a “realiza” de Jesus. Numa sociedade que valoriza a ostentação, o luxo, a riqueza e a aparência, Jesus realiza sua realeza na contramão da vida.
É o “rei” que está com os mais necessitados, os abandonados no caminho, os cobradores de impostos, aqueles que a sociedade aprendeu a hostilizar, a deixar à margem.
Como pensar um Rei que está fora dos grandes palácios arquitetônicos e faz da sua moradia o coração despedaçado da mãe viúva que sepulta seu único filho em Naim, do poço onde se encontra com uma samaritana destruída pela vida, de uma rua onde escreve no chão ao ser questionado sobre o pecado de uma prostituta?
Creio que Jesus fica rindo das nossas vaidades, das nossas aparências, dos becos onde enfiamos nossas vidas e nossas valores, na insensibilidade para com as necessidades humanas. É um “rei” que não se impressiona com as aparências, com as futilidades da vida.
Quando nos perdemos nesse mundo das ilusões, corremos o risco de não conhecer a verdade sobre nós mesmos, por não penetrar nossas vidas nas causas mais profundas da verdadeira felicidade. Existem muitos que ainda vivem na indiferença, vidas dedicas às sombras. São muitos os “disfarces traiçoeiros”, a parte preguiçosa que receia deixar a própria vida ser impactada pelo olhar penetrante e transformador de Jesus.
Julgamo-nos insignificantes demais para nos deixar sermos usados por Deus, pela sua Palavra, Ele que nos conhece profundamente, que sonda nossas vidas. “Quando Deus é relegado ao segundo plano e bobagens e ninharias são mais importantes, significa que a pérola de grande valor foi trocada por cacos de vidro colorido” (B. Manning).
Cristo é o Senhor de nossas vidas! Dar a Ele o seu devido lugar me nossos corações é o que de melhor podemos fazer! No discipulado de Jesus, aprendemos a saborear o Céu como possibilidade de vida nova!
Experimentamos como é bom antecipar o Reino em nós, abrindo mão de tantas preocupações e sentindo a liberdade e a leveza de seguir os caminhos do Evangelho.
