Diz o velho ditado: “A boca fala do que o coração está cheio”. Quais palavras mais comumente saem dos seus lábios? Palavras que edificam ou que destroem, palavras que constroem ou que segregam?
Jesus falava de coisas bonitas. Seu anúncio era certeza, fé, partilha alegre da bonita descoberta do Reino. Era preciso imprimir no coração dos Apóstolos esse encantamento. Encantados, somos capazes de correr para anunciar a tantos outros corações o que nossos ouvidos ouviram e nossos corações sentiram.
Recordem-se dos discípulos no caminho de Emaús? “Não nos ardia o coração quando ele nos falava?” A fé convicta torna-se um bem que se comunica.
Dessa forma, como cristãos, temos o dever de anunciar o Evangelho como quem compartilha uma alegria, aponta para um horizonte grandioso, recorda-nos o Papa Francisco na Evangelii Gaudium.
É muito notável, em nossas convivências, perceber o quanto o diálogo tem diminuído, infelizmente pela força dos “whatsapps” da vida, o quanto deixamos de falar ou olhar para que nossa comunicação se reduza ao que está distante ou até mesmo desconhecido. É triste notar o quanto nossas palavras ficaram reduzidas e, com isso, nossos gestos de delicadeza e de atenção. É muito triste!
Precisamos resgatar a capacidade de admirar, de contemplar o que está a nosso redor, de “perder” mais tempo com o ser humano que temos como família, como amigo. Jesus escuta-nos com atenção, reconhece nosso cansaço e nosso esforço. Sabe quando precisamos de pausa ou quando precisamos de um estímulo. Mas para se ter essa sensibilidade, precisamos saber enxergar com os olhos do corpo e com os olhos do coração.
Jesus teve misericórdia de um povo sedento da sua palavra. Quanto mais ouvirmos o Senhor, mais teremos palavras e gestos para expressarem a bondade de Deus em nossas vidas.
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