Estamos no Ano Jubilar, celebrando o "ano da esperança". Como cristãos, ousamos viver a esperança diante de tantos sinais de desesperança. Motivados pelo saudoso Papa Francisco, este Ano Jubilar traz como provocação a esperança que não engana, como escreveu Paulo aos romanos: "E a esperança não engana, pois o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espirito Santo que nos foi dado" (5,5).
É natural que, frente ao comportamento humano, tenhamos vontade de desanimar ou desistir, pois cresce a passos largos, os muitos gestos de violência social. É incrível como o ser humano perdeu a sua humanidade e hoje já não consegue mais viver em paz. Tudo hoje nos traz insegurança e medo.
A nossa esperança se fundamenta em Cristo, que com a sua ressurreição, garante para todos nós essa vida eterna como nossa morada definitiva. Bem-aventurados aqueles que
compreendem esse ensinamento e desejam, verdadeiramente, buscar esse novo céu. O lugar teológico que temos para fundamentar a esperança é a vida humana, vida que
o próprio Deus desejou e nos deu como seres criados. Vida que assumiu na pessoa de Jesus Cristo, para nos indicar o Céu como nossa morada definitiva.
Tenhamos a coragem de enfrentar esse relativismo social dos nossos tempos, que se comporta como se Deus não existisse, fazendo das pessoas seus próprios juízes, escolhendo o que presta e o que não presta, descartando o que não serve mais. É preciso semear a esperança sem utopias, fortalecendo os joelhos cansados e recolocando a vida como condição primeira.
Recordemos, o que bem disse o Papa Francisco: "...cada criatura reflete algo de Deus e tem uma mensagem para nos transmitir" (LS, 221). Transmitamos a esperança de uma nova terra e um novo céu que nos espera.