Observando o comportamento do ser humano e sem pessimismo da minha parte, percebo que colaboramos muito para uma sociedade em desconstrução. Temos consciência dos valores, mas não temos iniciativa para assumir, o que nos cabe nessa responsabilidade, de sermos construtores de uma sociedade mais justa e respeitosa.
A confusão de valores e de modelos apresentados pela sociedade, forma um cardápio de oportunidades, que deixa margem para um descompromisso com os valores fundamentais da vida, deixando o ser humano à margem dos modismos, na velocidade da mudança de comportamentos e posturas.
É nesse mundo que nos encontramos e preferimos permanecer, muitas vezes, na arquibancada da vida, acompanhando tudo, de modo acomodado e sempre palpitando sobre o que nos assusta ou nos surpreende. Estamos cansados de tantos palpites!
Assim pensamos no valor da vida, da família e da fé, elementos essenciais que continuam regendo o enredo de nossas descobertas e conquistas. Vale a pena perceber o que já perdemos e o que está sob ameaça e buscar meios para salvaguardar esses valores e protegê-los contra os ataques externos que querem destruí-los.
Quando os "modismos" substituem sólidas experiências da vida, perdemos a realidade própria de um verdadeiro tesouro que já ultrapassa séculos de nossa história. Acredito sim, que novos valores podem e devem ser acrescentados, que muitas conquistas foram atingidas nas últimas décadas, mas que não se devem derrubar o que, para muitos, são valores fundamentais.
O que o ser humano não sabe mais é dialogar com respeito, respeitar as diferenças, perceber que o ser humano é belo e que não precisamos partir para a violência, em todas as suas formas, para impor nossas ideias ou certezas.
Com essa confusão de valores ou "des-valores", tudo ao nosso redor de deteriora, a começar pela vida. O mundo está comprometido, a natureza chora, a morte apressa o seu tempo!