A linguagem de Jesus, nos seus muitos ensinamentos, é uma linguagem desconcertante. Ao dizer que o Reino de Deus é como um grão de mostarda, a menor de todas
as sementes, Jesus provoca uma reação muito grande nos seus ouvintes, acostumados com coisas grandiosas e que impactam. Ou ainda, quando diz que o Reino de Deus é como um homem que lança a semente na terra e, por não sabermos o que acontece misteriosamente embaixo da terra, admiramos de ver a beleza do fruto.
Daquilo que parece quase inexistente ou morto, Deus faz o grande milagre do esplendor pela vida nova que dessas realidades surgem. Diante desses ensinamentos, o que
Ele espera, é uma reação dos nossos corações. Precisamos estar abertos ao surpreendente de Deus, o tesouro sempre escondido e que deve ser o desejo do nosso coração. Que não cedamos as propostas do mundo sempre sedutoras, mas tenhamos o discernimento de optar pelo que é imperecível.
Nas atitudes de Jesus, encontramos um Deus dos que sofrem, um Deus que cura e a Sua misericórdia não é uma bela teoria dos discursos religiosos, mas uma prática que se pode tocar e experimentar. Dessa forma, Jesus anuncia o Reino de Deus, percorrendo toda a Galileia, proclamando a boa notícia e curando toda enfermidade do povo (Mt 4,23), enfermidades de um país pobre e subdesenvolvido, de doenças incuráveis, de pessoas abandonadas, que se arrastavam pelas ruas diante da intolerância e insensibilidade das pessoas, muitas delas, religiosas.
E ali estava jesus, encontrando-se com esses marginalizados, procurando comover o coração de todos. Temos um Deus que não faz distinção de pessoas, um Deus que não se deixa impressionar pelas aparências, mas um "Deus conosco". É com essa certeza que fazemos do céu a nossa meta e o nosso destino e buscamos, todos os dias, o esforço de caminhar na santidade e na conversão.
Como nos recorda a Palavra: "Ajuntem riquezas no céu (...) onde está o seu tesouro, aí