O Reino de Deus é dos pequenos


Diz uma linda canção do Pe. Zezinho: “Eu era pequeno, nem me lembro, só lembro que à noite, aos pés da cama, juntava as mãozinhas e rezava apressado...”, canção que nos faz viajar no tempo, tentando imaginar o que, em muitos momentos, nossas vidas se esbarraram.

Deus sempre manifestou sua preferencia para com os pequenos, os simples, os pobres. Assim o próprio Jesus apresentou o Reino de Deus: “Quem quiser entrar no Reino, seja como uma criança”. Recordar muitas experiências da infância, tempo em que a inocência era o ingrediente elementar da nossa forma de viver, traz-nos a marca da beleza como fomos criados e para quê o fomos. Mas o desgaste do tempo, as conquistas feitas pela nossa inteligência e liberdade, afastaram-nos dessa singela forma de viver.

Descobrimos o mundo das desconfianças, das agressividades e deixamos que aquela pureza cedesse lugar a para esse novo modo de sobrevivência, o que nos afastou da mensagem do Evangelho. Mas recordemos que somente o amor pode amenizar nossos instintos desumanos.

Como é bom encontrar tantos exemplos de pessoas que, envelhecidas na vida, deixaram a alma permanecer na beleza da infância. Almas criativas, leves, que recriam a oportunidade da vida em cada instante. Quem sabe essa seja também a sua alma!

Recorda-se daquela bela expressão presente no livro O Pequeno Príncipe que diz: “De tanto analisar a flor, nos esquecemos de aspirar o seu perfume, de admirar a bela disposição de suas pétalas e cores e de compreender a linguagem da ternura” ?

Precisamos adequar mais a linguagem do amor aos nossos relacionamentos, adequar mais o amor a nossas atitudes. O amor nos faz pequenos diante de Deus, para recebermos a grandiosidade do Seu amor.