O rosto da misericórdia


Caro povo de Deus, por essas próximas semanas, desejo refletir brevemente sobre a Bula de Proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, declarada pelo Papa Francisco, uma oportunidade muito rica para analisarmos, como Igreja, o modo como vivemos o amor de Deus, traduzido nas nossas relações e no nosso sentido de comunidade.

O início deste Jubileu da Misericórdia será no dia 08 de dezembro de 2015, solenidade da Imaculada Conceição e se estenderá até a solenidade litúrgica de Jesus Cristo, Rei do Universo, em 20 de novembro de 2016, portanto, uma excelente oportunidade para refletirmos, orarmos e assumirmos um novo propósito como cristãos e como Igreja, para que, cada vez mais, o amor de Deus seja espalhado no coração de toda a humanidade.

Que maravilhosa oportunidade sermos reconhecidos como filhos e filhas da misericórdia, apresentar no coração e na vida das pessoas, o quanto o amor de Deus é intenso por nós, um Deus, que como nos recorda o profeta Jeremias, tem um amor muito antigo, um amor de eternidade (Jr 31,3).

É o profundo desejo do Papa que os anos futuros sejam permeados de misericórdia para ir ao encontro de todas as pessoas, levando-lhes a bondade e a ternura de Deus. Essa deve ser a marca de um cristão, sermos portadores do amor e da ternura de Deus, traduzida em nossas palavras, nossos pensamentos e nossas atitudes.

Assim foi Jesus, quando lemos sua vida no Santo Evangelho, uma pessoa carregada de amor, um amor que se dá gratuitamente. O Seu relacionamento com as pessoas que se abeiravam d´Ele, manifestava algo de único e irrepetível.  Como pensar num amor gratuito, numa sociedade tão individualista e capitalista como a nossa?  

Que o transcorrer deste Jubileu da Misericórdia, deixemos os nossos corações, muitas vezes acomodados, serem provocados pela Palavra de Jesus, não tenham medo ou receio de abrir-se à misericórdia. Deixemo-nos mover pela misericórdia!

Na Sagrada Escritura, nos recorda a Bula, a misericórdia de Deus é a palavra-chave para indicar o agir de Deus para conosco. E tenho certeza que Deus espera o mesmo de cada um de nós!

Querido irmão e querida irmã, deixemo-nos provocar por esse Jubileu que se aproxima e o Deus da misericórdia inflame os nossos corações de ternura e amor!