Desde o início do seu pontificado, o Papa Francisco tem manifestado uma preocupação para com a unidade das pessoas, questionando o modo que vivemos de distanciamento e propondo um modo de eliminar o julgamento e a exclusão das pessoas.
Diz o Papa: "Não podemos mais viver como se estivéssemos num mundo distante" é preciso o acolhimento fraterno e misericordioso e não mais os preconceitos moralistas que praticamos - "A caridade é acolhedora, porque tem um coração grande", recorda-nos a sua Exortação Apostólica Amoris Laetitia.
Essa foi a postura vivida pelo próprio Cristo, diante do comportamento de seus conterrâneos, que em nome da Lei, excluíam e condenavam muitas pessoas. Quantas são as situações sociais que geram a marginalização e a exclusão e necessitamos ter um olhar misericordioso antes de qualquer outra atitude.
Certa vez, numa sinagoga, tendo o livro do profeta Isaías em suas mãos, Jesus leu: "O Espírito do Senhor está sobre mim (...) enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista" (cf. Lc 4, 18-19) e dessa forma, a Palavra se cumpriu n'Ele. É para essa libertação que a Boa Nova chegou, ajudando o mundo a viver mais a acolhida e o amor.
Precisamos propor esse ideal do Evangelho, assumindo a lógica da compaixão pelas pessoas mais frágeis e semeando mais o amor em todos os corações. Que o mundo, nossa casa comum, seja mais acolhedor e ofereça mais o abraço que a condenação.