Que todos sejam um

Esforcemo-nos para construir mais pontes que muros


É esse o desejo de Jesus, quando nos ensina por palavras e gestos. Superar o nosso comportamento de desencanto, de desconfiança e de competitividade não é algo fácil. Ter que ceder, muitas vezes, é como viver um próprio martírio.

A unidade desejada por Jesus não é a de que todos pensem e ajam de um mesmo modo, o que seria muito estranho, mas o esforço de, na diversidade que somos, alcançar a capacidade de um diálogo e um exercício para o bem comum, sem buscar as próprias satisfações.

Eis a comunhão esperada pelo Senhor, um esforço contínuo de acolhida e de respeito para com o outro, de diálogo e de condivisão, despertando uma fraterna convivência que oportunize essa mútua troca de dons.

O que nos falta é a coragem de dar o primeiro passo, de não ter medo de reconhecer o bem que está no outro e não querer sempre impor o próprio modo de pensar e agir. Como é desagradável ver tanta arrogância e intolerância, que desarmonizam os relacionamentos, rachando as convivências familiares e profissionais.

Muitas pessoas amargam a inveja, tão escravizadora. São as muitas resistências que se multiplicam, revelando as fragilidades humanas. Buscar a unidade é ceder um pouco mais, com sincera atitude, reconhecendo que todos podem e devem colaborar para o bem comum.

Não tenhamos medo do novo, do risco de perder, do lançar-se com mais ousadia ao desconhecido. Que todos sejam um! Esforcemo-nos para construir mais pontes que muros.