Reconciliados no amor

Reconciliemo-nos no amor e reconciliemos os corações que ainda estão mergulhados em tantos ressentimentos.


Vamos avançando na velocidade do tempo e é sempre bom perceber o quanto temos cultivado em nós os valores que nos projetam para o bem. Viver a prática do amor é sempre um exercício que exige sacrifício, pois o amor que vem de Deus é um amor que não espera nada em troca, diferente dos interesses humanos que vivemos.

                O exercício do amor, que sempre nos leva a reconciliação, desperta em nós a doçura, a caridade, a paciência e somente na prática do dia a dia, podemos mensurar a intensidade dessa virtude.

                Num mundo os as pessoas vivem tantas traições, são instrumentalizadas, onde a dignidade é fragilizada, somos provocados a ser um "evangelho vivo" de amor de Cristo em todas as dimensões. Existe muito perdão para ser oferecido, existem muitos muros a serem destruídos, existe ainda muito resistência em dar o primeiro passo na reconciliação. Não podemos viver de ensaios, pois a urgência da reconstrução de uma civilização do amor grita em nossos corações.

                Deixemos que os ensinamentos de Jesus provoquem nossas atitudes e nos faça verdadeiros discípulos do bem, à luz do que rezava São Francisco de Assis: "Onde houver ódio, que eu leve o amor" e que não esperemos mais do outro, mas sejamos nós, por primeiro, a espalhar o sentido desse amor em todos os corações. Que o amor quebre o orgulho, que a bondade destrua a indiferença, que a gentileza supere a arrogância.

                Reconciliemo-nos no amor e reconciliemos os corações que ainda estão mergulhados em tantos ressentimentos. "Sede imitadores de Cristo" (1Cor 11,1) na arte da benevolência, da atenção, da disponibilidade, do perdão, resgatando em todos os corações o afeto e a confiança.