Tocando os Evangelhos, com nosso coração sensível ao amor de Deus, percebemos um retrato de Jesus como alguém que abraçava a vida e as pessoas com alegria, com mansidão, com as mãos amorosas do Pai. Dessa forma, Jesus aproximou-se da realidade humana, particularmente da dor de tantos que estavam abandonados pelo caminho.
Em nosso tempo, onde a velocidade de tudo, desastrosamente, continua excluindo tantos irmãos do nosso meio, precisamos reconfigurar nosso discipulado nesse coração cheio de compaixão e amor, para que, de nossas mãos, o amor seja partilhado em atitudes mais concretas.
Jesus, com todo respeito, adentrou a intimidade de muitos corações e ofereceu o Reino dos Céus como possibilidade de uma vida nova, onde não haveria mais dor e nem lágrimas, mesmo sabendo das fraquezas de tantos.
Repartir o amor deveria ser nossa primeira preocupação, pois do contrário, facilitamos muitos desastres em nossos relacionamentos, muitas discussões desnecessárias, muita inveja e murmuração e muitos outros sinais de morte. É preciso recordar que a hipocrisia é a expressão natural do que existe de mais perverso em cada um de nós.
Peçamos, humildemente, que o Pai transforme os nossos corações e nos aproxime do Coração Misericordioso de seu Filho, coração cheio de mansidão e humildade, coração capaz de reconhecer os últimos e desclassificados e oferecer um olhar que os restaure. Que não seja uma oração apenas de palavras, mas de compromisso.
Que nosso anúncio da Boa Nova seja a forma mais adequada de espalhar mais amor entre todas as pessoas e antecipar, no presente do tempo, a graça do Paraíso que nos espera!