É interessante o modo com Jesus buscou apresentar a intimidade do Reino dos Céus àqueles que estavam perto d’Ele, àqueles que iam ao Seu encontro para escutá-lo. Jesus, antes das palavras, utilizava a linguagem do olhar, do coração, e por isso, era sensível às suas necessidades; dirigia-lhes palavras de conforto, de esperança, de cura.
Seguidores de Jesus, como Igreja, precisamos reaprender essa linguagem, olhar as necessidades, as dores, as lágrimas e falar das coisas bonitas do Reino que superam nossas misérias. Elevam-nos!
Ter uma fé histórica e não histérica. Saber repercutir o que nossos corações experimentam no encontro pessoal com o Senhor. A isso chamamos de catequizar - fazer ressoar, repercutir os ensinamentos do Senhor. Buscamos não a parte, mas o todo! O ser humano é merecedor desse cuidado, do carinho do Céu, de sentimentos e gestos que revelam a intimidade do Pai. Deus nos ama e deseja que sejamos discípulos do seu amor.
Ser bonito ou bonzinho não é garantia para a Igreja, mas é preciso ser preparado, pois o anúncio do Evangelho pede urgência e qualidade, convicção e testemunho. Aprender a ler pensamentos, posturas e situações. Não é preciso ser profeta para descobrir que a vida humana está fragilizada, que a sociedade padece pelas suas maldades, que a Igreja sofre pelos seus descuidos, que os corações humanos choram por seus erros, suas escolhas enganadas, por estarmos colhendo frutos de plantios equivocados.
Sejamos pensadores católicos. Não é preciso ser doutor, mas leitor. É preciso mais sensibilidade nos corações para falar das coisas de Deus. É preciso mais gestos de delicadeza e reciprocidade no bem!