Um amor de misericórdia


Deus sente pelo seu povo uma ternura que podemos classificar como maternal. É um Deus que quer nos cativar, para fazer-nos amigos. O livro do profeta Oséias assim relata: “Quando Israel era ainda menino, Eu amei-o (...) Eu ensinava Efraim a andar, trazia-o nos meus braços (...) Segurava-os com laços humanos, laços de amor...”. Mas diante mesmo dessa declaração, muito preferem permanecer na atitude de indiferença.

Quando recebemos amor, somos cuidados com amor. Dificilmente deixamos sair de nós esses valores, pois tal amor é capaz de nos cativar e nos recriar a cada dia. Somente essa radical postura pode enfraquecer o outro lado da vida, marcado pela violência nos comportamentos, o que hoje vamos colhendo em nossas relações.

Quantas realidades vivem hoje esse terrorismo dos ataques, das discussões violentas, do abandono dos valores morais e cristãos, famílias, escolas, empresas, gerando feridas, choques, tristezas e abandonos. Mas, por outro lado, não podemos e nem devemos perder a esperança. Essa é a certeza do Evangelho que Jesus plantou nos corações de todos nós. Ele mesmo foi essa esperança na vida daqueles que sepultavam suas últimas capacidades de vida. É a certeza que precisa ser anunciada.

Recorda-nos a história de Israel, quando Deus caminhava à frente do seu povo, um Deus cuidadoso, vigilante. Um Deus que tem amor de misericórdia por todos nós!

Creio que “retirar” Deus do mundo, das relações que vivemos , tem trazido um alto preço para todos nós, deixando a vida plenamente descomprometida e oca. É o próprio Deus que pode transformar os corações, infundir sempre uma nova forma de valorizar mais a vida.
A escolha é nossa! Temos diante de nós a vida e a morte, o bem ou o mal.