Numa sociedade que perdeu a capacidade do diálogo, do discernimento e das boas conversas, criou-se um ambiente onde constantemente se medem forças. Necessitamos de
pessoas humanizadas, pessoas com profundidade de vida, com qualidade de hospitalidade. Jesus foi o homem que buscou provocar a fraternidade por onde andou fazendo-se
próximo das pessoas, enxergando-as a partir de suas próprias qualidades.
Somente uma convivência marcada pela alegria se torna pascal, geradora de vida. Como é edificante reconhecer o outro pela sua própria humanidade e despertar em cada coração a sensibilidade pela vida, pois somente com a compaixão, conseguiremos ensinar o homem a importância da solidariedade para com outro, construindo assim, esse caminho da fraternidade cristã.
Enquanto o ser humano não aprender a superar as relações de poder, as rivalidades, as agressividades e viver um pouco mais do amor nas próprias atitudes, não nos tornaremos
embaixadores da paz, semeando a benevolência por onde caminhamos. Provocados, como Igreja Católica, a sermos "peregrinos da esperança", precisamos multiplicar os muitos gestos de gratuidade, carregados de bondade e de atenção para com o outro, vencendo toda forma de egoísmo e indiferença, expressando gentilezas e valorizando a feliz convivência para com todos.
Vivendo o amor, seremos capazes de descobrir a verdadeira fraternidade a partir das nossas próprias fraquezas e é isso que nos humaniza, que faz de nós, pessoas especiais com o selo de cristãos. Os ensinamentos de Jesus não eram para punir os seus ouvintes, mas ensinamentos para libertar, para trazer um ânimo novo e um desejo de fazer triunfar o bem sobre todas as atitudes.
Que possamos pedir, verdadeiramente, que o Reino de Deus venha até nós e que nossas atitudes reflitam que Jesus é o Senhor do Universo, a partir de comportamentos mais solidários e fraternos, onde o respeito e o amor aconteçam em cada detalhe da nossa vivência humana.
Acreditar em Deus é acreditar que o bem vencerá sempre!