Passamos por um Carnaval do distanciamento e dos cuidados sanitários, pois ainda respeitamos a vida como dom precioso. Muitos não valorizam isso e, por conta disso, seguiram a vida dentro da normalidade.
Chegamos no precioso tempo em que a Igreja Católica nos propõe a Quaresma, tempo oportuno para um encontro de reconciliação com Deus. A cada ano, vivenciamos a oportunidade de rezar o acontecimento da Paixão e Morte de Jesus, um Deus que demonstra seu infinito amor por todos nós e dá a sua vida como sinal desse amor.
A Quaresma se reveste desse respeito pelo testemunho de Jesus, o servo obediente ao projeto do Pai e que, com sua morte de Cruz, vence todos os poderes deste mundo, ressuscitando glorioso no terceiro dia após sua morte.
Assim nos recorda a Igreja, que também somos convidados a vencer os vícios da morte que nos visitam todos os dias, confiantes de que, em Cristo, temos a vida nova e eterna, celebrando a grande Páscoa da alegria e da vitória.
Em tempos de "descristianismo", propor a lógica do Evangelho se torna um grande desafio para a Igreja como um todo, a partir do testemunho de cada batizado. Somos comprometidos com essa Boa Nova num mundo que fecha os ouvidos e os corações para essa mensagem. Por isso, a vida precisa dizer mais pelos atos que com as palavras. É tempo urgente de nos amarmos mais, respeitarmo-nos como irmãos, acolhermo-nos como uma grande família dos filhos de Deus. É preciso espalhar mais abraços que julgamentos, aproximar-se mais que segredar. Dessa forma, a Boa Nova encontrará credibilidade no coração de todas as pessoas.