Com essas palavras: "Todas as gerações me proclamarão bem-aventurada" (Lc 1,48), Maria recorda-nos o que Deus pode realizar na vida de seus filhos e filhas. Como é bonito o gesto de Deus, criador da humanidade, escolher uma simples mulher para registrar a Sua história entre nós. E assim, Aquela que foi escolhida, será recordada por todas as gerações. Felizes aqueles que reconhecem essa bondade de Deus e veneram a Mãe de Jesus como Senhora do Céu e da Terra.
Celebramos, no último dia 08 de dezembro, a Solenidade da Imaculada Conceição de Maria, dogma proclamado em 1854 pelo Papa Pio IX, considerado um mistério de fé pelo Concílio de Basiléia em 1439. Deus desejou Maria para a salvação da humanidade e os relatos do Evangelho trazem essa discreta presença na vida de Jesus, como mulher silenciosa e contemplativa de tudo aquilo que Deus realizou em sua vida.
Para nós, católicos, venerar Maria, é reconhecer o quanto Deus atua em nossas vidas, pois somos todos chamados à santidade e Ela se faz discípula autêntica desse seguimento. Foi a postura dos Padres da Igreja que afirmavam que Maria trouxe à obra de Cristo não uma inerte passividade, mas uma operosa atividade. Maria foi a mulher do serviço, da gentileza, da gratuidade em acolher a todos e assim, aproximar muitos do seu Filho Jesus. É a mulher de En-Karen, de Caná, do Cenáculo, de Nazaré e que abraça toda a nossa Igreja, assim oferecida por Jesus, no momento da sua crucificação.
Que o exemplo deixado por Maria, mulher que esteve tão intimamente presente na vida de Jesus, leve-nos a ouvir e praticar a Palavra de Deus, fazendo dos nossos corações o novo "ventre" que acolhe o amor e a bondade de Cristo em nossas vidas.