Escrevendo para a comunidade de Éfeso, certa vez o Apóstolo Paulo manifestou esse desejo do próprio coração, para aqueles irmãos na fé: "Vivei no amor, como Cristo também nos amou" (Ef 5,2). A vivência do amor é um aprendizado que nos dispomos, todos os dias, nessa nossa caminhada de discipulado junto de Cristo.
Se, de alguma forma, esse Homem de Nazaré nos provoca, já podemos considerar uma excelente oportunidade para entrar pela porta certa, e sondarmos o quanto Ele tem a nos ensinar. Suas palavras, seus ensinamentos, seus gestos, de muitas formas, nos ensinam sempre e os de "coração puro", encontrarão motivos para seguir os Seus passos.
É dessa forma que um dia, reconheceram naqueles primeiros seguidores, o Cristianismo, pois eles foram chamados, pela primeira vez de "cristãos". Oxalá as pessoas continuassem a enxergar, nas muitas pessoas que transitam em nossas comunidades, os traços de Cristo, que são frutos dessa vivência no amor.
Viver o amor é sair um pouco de si mesmo e ir ao encontro das necessidades do outro, oferecer um pouco de conforto, de ajuda concreta, de um abraço acalentador. Amar como Cristo amou é aprender que não precisamos e nem devemos querer tudo para nós, da forma como exigimos e gostamos. É amor que se partilha, amor que nos liberta, amor que nos constrói sempre. Viver no amor é aprender a ceder e não apenas impor, aprender a dar a vez e não querer sempre ser o primeiro em tudo, aprender a silenciar e não persistir nas palavras duras e carregadas de ressentimentos, que muitas vezes, fazem parte das nossas conversações.
Trata-se de um desafio constante, aprender a amar como Cristo nos amou! É uma forma de deixar o coração sempre muito ocupado e vigilante!