Um significativo desafio que o ser humano tem diante de si é viver a empatia. Experimentamos, de forma crescente, a marca da intolerância em nossas atitudes, despertando sempre mais um espírito de rivalidade, de segregação e de extrema violência. Como seria nobre da parte de cada pessoa cuidar melhor de si e, a partir daí, aprender a cuidar da vida que está ao redor. É tomar consciência, todos os dias, que devemos e podemos viver sem incomodar o outro. Ao descobrimos que os atos de benevolência tornam a alma mais leve, esforçamo-nos para viver com mais cuidado ao pensar e falar, exercendo mais a compaixão e a paciência e vivendo com mais leveza a vida. Parece muito utópico pensar assim e quase inimaginável viver desse modo, mas não se trata de um emocionalismo e sim, de uma decisão. Vivendo assim, estabelecemos uma relação muito franca com a vida e conseguimos vislumbrar um horizonte de maior sentido. Imagine um mundo onde cada ser humano exercesse a empatia como regra de vida, colocando-se no lugar do outro, procurando compreender seus sentimentos, seus desejos e valores. É como antecipar-se em cada gesto, respeitando e zelando pelo bem do outro. Essa atitude pode fazer parte dos nossos esforços, uma pequena parcela de comprometimento pessoal, mesmo reconhecendo que em cada ser humano, encontramos muitas fragilidades. A escolha de cada dia é nossa! Ou nos nivelamos aos desastres comportamentais que já estamos acostumados a viver e que geram tamanha dor ou resolvemos iniciar um novo modo de agir, pautado nesse comprometimento com os valores mais nobres da vida. Que seja o despertar em nós de um tempo novo, mesmo na desesperança de um mundo cansado e desiludido. Faça a sua parte e com certeza, as sementes semeadas, trarão em algum momento, frutos bons e novos.