A balança comercial brasileira fechou o primeiro semestre com o melhor saldo da história para o período. De acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), nos seis primeiros meses do ano, o Brasil teve um volume de exportação de US$ 36,219 bilhões a mais do que importou.
O saldo da balança comercial no segundo semestre acumula alta de 53,1% em relação ao primeiro semestre do ano passado. Somente em junho, as exportações superaram as importações em US$ 7,195 bilhões. O saldo é o melhor para o mês e o segundo mais alto para toda a série histórica, só perdendo para os US$ 7,661 bilhões registrados em maio deste ano.
As exportações somaram US$ 107,714 bilhões de janeiro a junho. Isso representa o quinto melhor primeiro semestre da história, com crescimento de 19,3% pela média diária em relação ao mesmo período do ano passado.
As importações totalizaram US$ 71,495 bilhões, alta de 7,3% também pela média diária. Apenas em junho, o país exportou US$ 19,788 bilhões e comprou US$ 12,593 bilhões do exterior.
Preços internacionais - Para Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), o desempenho dos preços internacionais foi o principal fator que impulsionou o crescimento das exportações. De janeiro a junho, os preços das mercadorias exportadas aumentaram 17,6%, em média, e a quantidade vendida subiu 1,8%. Em relação às importações, os preços tiveram alta média de 4,2%, e a quantidade aumentou 2,9%.
Desempenho dos produtos – O petróleo bruto foi o grande destaque (128,2%) nas vendas de produtos básicos que registraram crescimento de 27,2% no primeiro semestre. Em seguida vem o minério de ferro (82,7%), carne suína (29%) e soja (20%). As exportações de semimanufaturados aumentaram 17,5%, impulsionada pelas vendas de semimanufaturados de ferro e aço (70,6%), ferro fundido (48,5%) e açúcar bruto (36,4%).
Manufaturados - As exportações de manufaturados subiram 10,1%, com destaque para óleos combustíveis (122%), veículos de carga (59,2%), açúcar refinado (56,5%) e automóveis (52,8%). Na distribuição por mercados, os maiores crescimentos foram registrados nas vendas para a Ásia (27,3%) e para o Oriente Médio (25,4%).