Comércio da região perde mais de 900 postos de trabalho em março

Número total de empregados formais recuou 1,5% no terceiro mês do ano, na comparação com mesmo período de 2016




O comércio varejista da região do Vale do Paraíba perdeu 954 postos de trabalho formais no mês de março, segundo o Sincovat (Sindicato do Comércio Varejista de Taubaté e Região). Esse número é resultado de 3.241 admissões contra 4.195 desligamentos. Na comparação com o mesmo período de 2016, houve um recuo de 1,5%, com a extinção de 1.552 empregos com carteira assinada.


Os dados foram recebidos pelo Sincovat (Sindicato do Comércio Varejista de Taubaté e região) e são da Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP), elaborada pela FecomercioSP. O estudo é feito com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo é obtido com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

Das nove atividades analisadas, apenas os setores de supermercados (2,3%) e farmácias e perfumarias (0,6%) apresentaram crescimento no número de trabalhadores formais em março, na comparação com o mesmo mês de 2016. As quedas mais expressivas foram observadas nos segmentos de concessionárias de veículos (-8%), lojas de vestuário, tecidos e calçados (-5,2%) e materiais de construção (-5%).

Segundo o presidente do Sincovat, Dan Guinsburg, os números mostram como a crise ainda persiste no comércio varejista da região. "Está cada vez mais claro que, por mais que haja uma continuidade no processo de amenização das perdas de vagas, essa recuperação será de forma bastante lenta", comenta Dan.

Em todo Estado, foram fechados 9.949 postos de trabalho no mês de março. Esse número é resultado de 71.449 admissões contra 81.398 desligamentos. Apesar do número ser positivo em relação ao mesmo período do ano passado, 13.277 em 2016 contra 9.949 em 2017, o comércio varejista do Estado apresenta encolhimento no quadro de funcionários pelo quarto mês seguido.