Comércio varejista inicia o ano com crescimento de 4,2% nas vendas

No acumulado dos últimos 12 meses, o setor apresentou alta de 0,8%, informou o FecomércioSP




O varejo paulista iniciou 2017 com crescimento de 4,2% nas vendas, segundo aponta nesta semana a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). De acordo com a entidade, o faturamento real atingiu R$ 48,4 bilhões em janeiro, quase R$ 2 bilhões acima do valor apurado no mesmo mês de 2016

Foi o quarto melhor resultado para o mês de janeiro desde o início da série histórica, em 2008. No acumulado dos últimos 12 meses, o setor apresentou alta de 0,8%. A reação vem após um 2016 difícil, no qual o comércio varejista do Estado de São Paulo basicamente não avançou. De acordo com a entidade, o resultado aponta claramente para o início de um ciclo de crescimento em 2017.

O aumento em seu faturamento real em janeiro foi registrado em  nove seis de nove atividades pesquisadas: concessionárias de veículos (19,5%), farmácias e perfumarias (16,0%), autopeças e acessórios (15,4%), materiais de construção (9,1%), lojas de móveis e decoração (7,0%) e outras atividades (6,9%). Juntos, estes segmentos contribuíram com 5,7 pontos porcentuais (p.p.) para o resultado geral.

Já as retrações foram vistas nas atividades de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-9,2%), lojas de vestuário, tecidos e calçados (-5,2%) e supermercados (-0,8%), resultando em um impacto negativo de 1,5 p.p. para o comércio varejista paulista em janeiro.

Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP).

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, a melhora nas vendas do varejo paulista foi motivada por diversos fatores, como a criação de vagas formais, a queda da inflação e dos juros, elevação na renda agrícola por conta do forte aumento de exportações de commodities (setor no qual São Paulo tem forte presença), que acabam por ajudar também na melhoria nos indicadores de confiança dos consumidores e empresários.