A redução de 0,75 ponto percentual na SELIC, definida após a primeira reunião do ano do COPOM – Comitê de Política Monetária do Banco Central é avaliada pela ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos como uma medida insuficiente, conforme afirma o presidente executivo da entidade, José Velloso.
“Em função de o Banco Central ter atuado de forma extremamente conservadora nas últimas reuniões de 2016, determinando os cortes irrisórios da taxa de juros, a redução em 0,75 ponto percentual agora supõe ser um valor alto. No entanto, não é”, explica Velloso.
Segundo o presidente executivo, mesmo com a SELIC em 13%, esta é ainda a taxa mais alta no mundo, situando-se oito pontos acima da projeção da inflação dos próximos 12 meses.
“Este é um valor inaceitável perante o desemprego e a recessão que vivemos no país. O corte deveria ter sido muito maior”, destaca Velloso. Para ele, o Banco Central teria que reduzir em quatro pontos percentuais na SELIC, para que o Brasil perca o status de detentor da taxa mais alta do mundo.
João Carlos Marchesan, presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ, acrescenta que a redução drástica da taxa SELIC é crucial tanto para a retomada da atividade econômica, quanto para a melhora da trajetória das contas públicas.