Dória consegue redução do preço do gás para a indústria paulista

Acordo entre indústria paulista e Comgás altera aumento médio de 37% para 23% a partir de 1º de março


O setor industrial pediu e o governo paulista atendeu. O governador João Doria anunciou nesta sexta-feira (22) os termos do acordo entre a indústria paulista e a Comgás para reduzir o reajuste médio no preço do gás industrial de 36% para 23% a partir de 1º de março.

Os setores pediram a ajuda do Estado para estabelecer mesa de negociação com a concessionária. O Governo realizou reuniões ao longo do mês de fevereiro entre as indústrias química, de vidros e cerâmica, a Comgás e a Arsesp (agência reguladora). Na sequência, as empresas reunidas fecharam um acordo, que foi oficializado junto à Arsesp.

"Nós vamos reduzir o impacto do aumento do gás no Estado, dentro do que cabe ao Governo Paulista. Uma ação integrada permitirá a redução do aumento de 37% para 23%, a partir de 1º de março. É uma notícia importante nas questões domésticas e para a indústria", declarou Doria ao confirmar o sucesso das negociações mediadas pelo Palácio dos Bandeirantes.

Com o ajuste, a diferença será recalculada em maio, quando ocorre a revisão tarifária da concessionária. Estes setores são grandes consumidores de gás na sua produção e algumas indústrias tiveram sua competitividade afetada pelo reajuste.

Composição tarifária - A tarifa final do gás canalizado é formada por dois componentes. O primeiro é o preço do gás e transporte, monopólio da Petrobras. O segundo vem da remuneração dos serviços prestados pela concessionária, denominada Margem Máxima, regulada pela Arsesp e reajustada anualmente, com base no contrato de concessão.

O preço do gás e transporte sofre variações periódicas que não são repassados imediatamente à tarifa paga pelo consumidor.