Economia brasileira volta a crescer de forma sustentável, diz ministro

Ministro da Fazenda diz que economia está voltando a crescer de forma sustentável


Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, acredita que a economia brasileira entrou em uma trajetória de crescimento sustentável, diferente do passado quando “existiam injeções artificiais de crédito” que funcionavam apenas temporariamente. Segundo ele, o comportamento positivo da economia é cada vez mais previsível por causa de fatores como a emenda constitucional que estabeleceu um teto para os gastos públicos e as reformas fundamentais que estão em andamento. 

“Agora a economia começa a crescer. Temos crescimento forte e positivo no primeiro trimestre do ano. Isso ainda não se reflete no emprego porque o emprego tem uma certa defasagem com relação ao crescimento econômico”, disse o ministro após participar da posse da nova diretoria da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio), no Hotel Copacabana Palace.

A agropecuária é um dos setores que tem respondido mais rapidamente à retomada, e que já tem inclusive melhorado os indicadores de emprego. “Já aliviou um pouco a subida do desemprego. O crescimento da safra este ano é 22% em relação ao ano anterior. É um crescimento muito elevado”, comparou.

O ministro lembrou que há um dado positivo na renda real do trabalhador, que voltou a crescer por causa da queda da inflação. “Inflação subindo, ela corrói a renda. Cai a inflação, aumenta o poder de compra. Estamos no caminho certo, no início ainda. Há muito trabalho a ser feito, mas claramente a população vai começar a sentir os efeitos disso mais alguns meses à frente.”

“Todos os indicadores já estão aí, caminhões nas estradas, consumo de energia, consumo de embalagens, produção de aço, tudo aquilo que indica que a economia está crescendo”, acrescentou.

Empresários – Meirelles diz que a classe empresarial está confiante e aos poucos volta a investir. A melhora das projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas do país) e a queda da inflação é reanimadora e incentiva investimentos.