Guedes diz que fraqueza econômica no primeiro trimestre já era esperada
Mercado considera que 2019 vai ser o ano do "Pibinho" e que agora é pensar em 2020
Dados divulgados hoje (30), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta queda de 0,2% do PIB no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o último trimestre de 2018. O resultado baixo ocorreu depois de altas de 0,5% no terceiro e de 0,1% no quarto trimestres do ano passado. Segundo o IBGE, a economia brasileira cresceu 0,5% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado e 0,9% no acumulado de 12 meses.
Analistas do mercado econômico já descartam qualquer recuperação da economia neste ano, e que agora é pensar em 2018. De acordo com os técnicos, o cenário do desemprego deve permanecer principalmente por fatores externos, como as disputas entre China e Estados Unidos e ainda a crise na Argentina. Com isso, os investimentos caíram 1,7% do último trimestre de 2018 para o primeiro trimestre deste ano. As exportações também caíram (-1,9%).
Apos o fraco desempenho no primeiro trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, voltou a ser taxada de "Pibinho" pelos analistas do mercado financeiro, assim como ocorreu no governo Dilma, no final de 2014.
Paulo Guedes, ministro da Economia, disse que o desempenho negativo já estava previsto e que a volta do crescimento depende de reformas econômicas, e não de medidas de estímulo pontuais. "Nós não vamos fazer truques ou mágicas", afirmou.
O PIB baixo no trimestre teve como principal fator o mau resultado no setor industrial que recuou 0,7% em relação ao mesmo período de 2018. As principais atividades em queda foram a indústria extrativa mineral (-6,3%), construção (-2%) e indústrias da transformação (-0,5%). Outros resultados negativos vieram da agropecuária (-0,5%).
O setor de serviços registrou taxa positiva de 0,2% no período, evitando uma queda mais acentuada da economia.
Com informações da Agência Brasil
