Mercado financeiro estima nova queda para o crescimento da economia em 2019

A estimativa do mercado financeiro para o crescimento da economia segue em queda


O Banco Central (BC) divulgou novo boletim Focus onde revela a estimativa do mercado financeiro para a expansão da economia em 2019. De acordo com o boletim, que traz o resultado de pesquisa semanal em Brasília sempre divulgado às segundas-feiras, a projeção é de nova queda no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

A projeção para o crescimento do PIB - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - desta vez foi reduzida de 0,93% para 0,87%. Importante ressaltar que essa foi a 17ª redução consecutiva.

As instituições financeiras mantém a expectativa de que a economia tenha crescimento maior em 2020. A estimativa é de 2,20%, a mesma da semana passada. A previsão para 2021 e 2022 permanece em 2,50%.

Inflação - Para este ano, a estimativa de inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), caiu de 3,84% para 3,82% , na quarta redução seguida. A meta de inflação de 2019, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.

A projeção para 2020 caiu de 4% para 3,95%. A meta para o próximo ano é de 4%, com intervalo de tolerância 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Para 2021, o centro da meta é 3,75%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. O CMN ainda não definiu a meta de inflação para 2022. A previsão do mercado financeiro para a inflação em 2021 e 2022 permanece em 3,75%.

Taxa básica de juros - Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, mantida em 6,5% ao ano, na última semana pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Ao final de 2019, as instituições financeiras esperam que a Selic esteja em 5,75% ao ano, a mesma perspectiva da semana passada.

Para o fim de 2020, a expectativa para a taxa básica volte para 6,5% ao ano, e, no fim de 2021, chegue a 7,5% ao ano.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

Com informações da Agência Brasil