Mercosul e União Europeia fecham acordo histórico de livre comércio

Após 20 anos de negociações que, acordo assinado hoje prevê ao mercado brasileiro uma expansão significativa principalmente no setor de agronegócios


Um acordo histórico assinado nesta sexta-feira entre o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e da União Europeia (UE) vai viabilizar o livre comércio entre os dois blocos econômicos. Cercada de muita expectativa em todo mundo, a negociação concluída hoje representará um incremento de US$ 87,5 bilhões em 15 anos do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) brasileiro.

Foram 20 anos de negociações que, após encerradas hoje em Bruxelas, prevê ao mercado brasileiro uma expansão significativa principalmente no setor de agronegócios. Segundo estimativas do Ministério da Economia, o incremento no PIB brasileiro pode chegar a US$ 125 bilhões se se considerarem a redução das barreiras não tarifárias e o esperado desdobramento na totalidade produtiva do país.

O aumento de investimentos no Brasil, no mesmo período, será da ordem de US$ 113 bilhões. Com relação ao comércio bilateral, as exportações brasileiras para a UE apresentarão quase US$ 100 bilhões de ganhos até 2035.

Em nota conjunta dos ministérios da Economia e das Relações Exteriores, o governo brasileiro destaca que o acordo é um marco histórico no relacionamento entre o Mercosul e a União Europeia, que representam, juntos, cerca de 25% do PIB mundial e um mercado de 780 milhões de pessoas.

"Em momento de tensões e incertezas no comércio internacional, a conclusão do acordo ressalta o compromisso dos dois blocos com a abertura econômica e o fortalecimento das condições de competitividade", diz a nota.

O acordo entre os dois blocos foi fechado após dois dias de reuniões ministeriais em Bruxelas, ontem (27) e hoje. Representaram o Brasil os ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, e o secretário Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo.

Com informações da Agência Brasil