PIB poderá cair mais de 6% se isolamento social durar até fim de junho

No momento, governo projeta queda de 4,7% devido aos efeitos da pandemia da covid-19


No cenário econômico apresentado neste exato momento, 13 de maio de 2020, a projeção para a economia brasileira, segundo a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia, é de queda de 4,7% neste ano, devido aos efeitos da pandemia da covid-19. Cabe destacar que em janeiro, o ministério previa crescimento de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB).

Pelos cálculos da equipe econômica do governo, o PIB (soma de todos os bens e serviços produzidos no país) cai 0,70 ponto porcentual a cada duas semanas de isolamento social. Isso reflete em perda direta de R$ 20 bilhões para o período de distanciamento.

Para Adolfo Sachsida, Secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, a queda de 4,7% já representa a maior da série histórica, desde 1900. "Isso por si só já mostra a severidade do que estamos vivendo.", alerta Sachsida.

Entretanto, mais sombria ainda são as estimativas para a economia brasileira se o isolamento social se arrastar até fim o mês de junho. A nação poderá sofrer uma queda desastrosa de seu Produto Interno Bruto (PIB). Essa já é a visão do subsecretário de Política Macroeconômica, Vladimir Kuhl Teles. Ele estima, dentro desse novo quadro, uma derrocada superior a 6%.  

Com os dados do cenário base divulgado no Boletim MacroFiscal da Secretaria de Política Econômica (SPE), a queda de 4,7% do PIB passa a ser uma referência suave diante do impacto maior que pode atingir o país a longo prazo e que deve ser levado em consideração, dia após dia, calcula o mercado.