O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou nesta ontem (18), por meio da agência de notícias EFE, que neste ano o Brasil poderá crescer 0,2% e sair da recessão. Elaborado por especialistas do FMI, o relatório Perspectivas Econômicas Globais diz que a melhora da situação do Brasil é resultado de “uma menor incerteza política, da distensão da política monetária e do avanço do programa de reformas”.
Em 2018, a previsão é ainda melhor para o país e destaca que a economia brasileira terá elevação de 1,7%, 0,2 ponto percentual a mais do que o previsto pelo órgão em janeiro. “Prevê-se que o crescimento se recupere gradualmente e se mantenha moderado. Com esse pano de fundo, as perspectivas macroeconômicas do Brasil estão submetidas à implementação de ambiciosas reformas estruturais de caráter econômico e fiscal”, acrescenta o relatório.
Por outro lado, o FMI advertiu que, no final do ano passado, “o investimento e o PIB (Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) ainda não tinham chegado ao ponto mais baixo” e que, em alguns dos estados do país, “a crise fiscal continua se aprofundando”.
Além disso, o FMI constatou que “a inflação continua surpreendendo por seu baixo nível, o que aumenta as perspectivas de aceleração da expansão monetária”.
O FMI recomenda “reformas que abordem as obrigações de gastos insustentáveis, entre outras, no sistema de Previdência Social” e a adoção de “medidas que consigam uma redução do déficit fiscal no início do período”.
Quanto à inflação, o FMI prevê para o Brasil que a taxa fique em 4,4% neste ano, e para 2018, de 4,3%. Já o índice de desemprego, segundo as estimativas do Fundo Monetário, subirá para 12,1% em 2017 e cairá para 11,6% em 2018.