O Grupo CCR deu início às obras do novo traçado da Serra das Araras, localizada na Via Dutra, que é a principal ligação rodoviária do Brasil

As obras conduzidas pela CCR RioSP no Rio de Janeiro garantem maior segurança aos usuários e melhoram o fluxo de tráfego, resultando em uma redução de até 50% no tempo de deslocamento ao longo do trecho.


Nos próximos dias, dar-se-á início a uma das mais aguardadas obras rodoviárias do país: a concretização do novo traçado da Serra das Araras, localizada na Via Dutra (BR-116), no estado do Rio de Janeiro, por parte do Grupo CCR, a principal empresa de infraestrutura de mobilidade do Brasil. Este conjunto de intervenções representa um investimento de R$ 1,5 bilhão e tem como objetivo principal proporcionar mais segurança viária, fluidez e conforto aos usuários que trafegam por esse trecho.

A responsabilidade pela execução das obras recai sobre a concessionária CCR RioSP, que planeja readequar o atual traçado da pista de subida (sentido São Paulo), transformando-a na nova pista de descida (sentido Rio de Janeiro), enquanto simultaneamente construirá uma nova pista de subida. As novas vias da Serra das Araras serão dotadas de quatro faixas por sentido, acompanhadas de acostamento e uma faixa de segurança, visando assegurar uma circulação mais segura e confortável, bem como aprimorar o fluxo de tráfego.

O trecho da Serra das Araras, concebido na década de 1940, enfrenta o desafio de se adequar ao intenso volume de tráfego que diariamente o atravessa. Atualmente, cerca de 390 mil veículos percorrem mensalmente ambos os sentidos, dos quais 36% correspondem a veículos de carga. Esses veículos desempenham um papel crucial no transporte de mais da metade do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, evidenciando a significativa importância logística da Serra das Araras para o transporte de cargas no país.

Eduardo Camargo, presidente da CCR Rodovias, enfatiza: "Ao implementar tais intervenções, estamos atendendo a uma demanda antiga dos usuários da Via Dutra. O novo traçado elevará o padrão de excelência da rodovia para um nível superior." Ele acrescenta: "Na prática, estamos aprimorando as condições de conforto, fluidez e segurança viária, o que certamente contribuirá para intensificar o fluxo de veículos entre as duas maiores capitais do país."

Os benefícios destacados pelo presidente da CCR Rodovias decorrem do aumento no número de pistas. Atualmente, existem duas faixas para descer a Serra das Araras e outras duas para subir. Após a conclusão, serão oito faixas - quatro em cada sentido - além dos acostamentos, um em cada direção. Isso permitirá aumentar a velocidade de circulação de 40 km/h para 80 km/h, tanto na descida quanto na subida da Serra. Como resultado, estima-se uma redução de 25% no tempo de percurso na pista de subida em direção a São Paulo e de 50% na pista de descida em direção à capital fluminense.

A execução das obras, com um investimento total de R$ 1,5 bilhão, inclui a implantação de 24 viadutos, duas rampas de escape na pista de descida, melhorias em 14 pontos de acesso e a criação de uma via marginal na pista sul, em direção a São Paulo. As obras abrangem um trecho de oito quilômetros em cada sentido, totalizando 16 quilômetros de extensão, entre o km 225 e o km 233. Durante a execução, estão previstos mais de 30 canteiros de obras simultâneos, o que gerará cerca de 5 mil empregos diretos e indiretos. A maior parte da mão de obra será recrutada dos municípios de Piraí e Paracambi, no Rio de Janeiro. A previsão é de que a nova pista de subida seja concluída até 2028, enquanto a pista de descida deverá estar pronta até 2029.

A implantação da nova estrutura exigirá o uso de explosivos para a detonação de rochas, uma intervenção que deve durar 29 meses e impactará o tráfego na região, com interdições programadas em dias e horários específicos da pista sul, em direção à capital paulista. Estima-se um total de 2,5 milhões de metros cúbicos de escavação. Para lidar com uma obra dessa magnitude, a CCR construirá uma Central de Britagem e realizará o reaproveitamento dos resíduos gerados na construção.

No que diz respeito à sustentabilidade, as obras de ampliação da Serra das Araras incorporam iniciativas para minimizar seu impacto ambiental e pegada de carbono. Destaca-se o uso de aproximadamente 13 mil toneladas de material asfáltico reciclado (RAP) na pavimentação da rodovia, reduzindo assim a dependência de insumos de origem fóssil. O material rochoso proveniente das detonações também será reutilizado no projeto, beneficiado em uma central de britagem e totalmente reaproveitado em camadas de aterro e pavimentos. Outra iniciativa é a redução da supressão de vegetação e a proteção de cursos d'água com a construção de viadutos.

Quanto à segurança viária, o projeto prevê a construção de duas rampas de escape na pista de descida, bem como a instalação de três novas passarelas e uma via marginal próxima à Vila Cruzeiro. O trecho será completamente iluminado e monitorado por câmeras, incluindo novas câmeras de detecção automática de incidentes. Além disso, será oferecida conectividade por meio da tecnologia de rede móvel 4G, permitindo que os clientes da CCR RioSP acessem o aplicativo CCR Rodovias e utilizem os serviços da concessionária sem consumir o pacote de dados.

Além de proporcionar mais segurança e agilidade aos usuários, tanto no transporte de cargas quanto de passageiros, o investimento da concessionária trará benefícios para os municípios vizinhos. Estima-se que a obra gere cerca de cinco mil empregos diretos e indiretos durante sua execução, muitos dos quais serão preenchidos localmente, com o apoio das prefeituras na capacitação desses profissionais. Prevê-se também um aumento na arrecadação dos municípios, com previsão de R$ 46 milhões em impostos durante os quatro anos de obra. A concessionária facilitará