A ABIMAQ divulgou, na tarde desta terça-feira (30/10), o desempenho do setor de bens de capital mecânicos referente ao mês de setembro, durante coletiva comandada pelo presidente da entidade, João Marchesan, acompanhado pelo presidente-executivo, José Velloso, e pelo diretor de competitividade, Mario Bernardini.
No mês de setembro, a receita líquida do setor fabricante de máquinas e equipamentos registrou retração de 4,1% em relação ao mês anterior, mas manteve a tendência de recuperação em relação ao ano anterior, ao registrar crescimento de 13,4% sobre o mês de setembro de 2017. O resultado acumulado no ano manteve a firme tendência de recuperação e alcançou 7,4% de crescimento até setembro. Parte importante dessa recuperação se deve à melhora das exportações e à valorização cambial que, se desconsiderada, indica crescimento da ordem de 0,3% em relação a 2017.
Durante a coletiva, os representantes da ABIMAQ também destacaram o otimismo com os rumos do governo. “Os primeiros seis meses serão importantes para o novo governo mostrar a capacidade de negociar com o congresso em questões relevantes, como a reforma da previdência, a reforma tributária, entre outras. Existe um ânimo e uma esperança de que os resultados serão positivos”, ressalta Marchesan.
Exportação
As exportações de máquinas e equipamentos vêm registrando fortes oscilações nos últimos meses. No mês de setembro, após crescimento de 43,5%, observado no mês de agosto, as exportações registraram queda de 24,7%. Em relação ao mês de setembro de 2017 também houve queda (-9,4%). Com este número o crescimento acumulado em 2018 recuou um pouco e chegou a 10,9% - até o mês de agosto o setor acumulava crescimento de 13,9%.
Importação
Em setembro, houve nova queda nas importações de máquinas e equipamentos. Desta vez, a queda ocorreu tanto em relação ao mês anterior (-12,6%) como em relação ao mesmo mês de 2017 (-3,1%). Esse resultado levou ao encolhimento também do resultado do ano de 18,3% acumulado até agosto para 15,6% até o mês de setembro. Ainda que a taxa de crescimento das importações tenham encolhido, o resultado deste ano sinaliza uma recuperação dos investimentos após quatro anos consecutivos de queda.
Consumo Aparente
O consumo de máquinas e equipamentos durante o mês de setembro ficou praticamente estável (-0,1%) após ter recuado 11% no mês de agosto. Esse resultado foi em função do encolhimento das importações no período. A aquisição de máquinas fabricadas no país cresceu 15,5%. Apesar deste recuo no volume de importação, sua participação no consumo nacional continua bastante elevado, 59,8% no período jan-set/18 contra 54% no mesmo período de 2017. No ano (jan-set/18) o crescimento do consumo aparente foi de 13%.
Emprego
A indústria de máquinas e equipamentos encerrou o mês de setembro com 301,4 mil pessoas ocupadas, um aumento de 0,5%, em relação ao mês de agosto de 2018 que já havia crescido 0,6%. Esse é o nono crescimento consecutivo no setor neste tipo de análise.
Em relação ao mês de setembro de 2017 também houve melhora no quadro de pessoal (+3,6%) em resposta ao aumento da produção e das vendas, principalmente direcionadas para o mercado externo. No ano, o setor ampliou o seu quadro de pessoal em mais de 12 mil pessoas.