Diariamente bombeiros dedicam suas vidas para salvas pessoas. Em 2 de julho é celebrado o dia nacional que homenageia a profissão. E para contar uma história marcante, em um dia especial, contamos a história de Augusto José Batista Camillo, 45 anos, com 21 anos de profissão e morador de Caçapava.
Natural de Guarulhos, Camillo se encantou pela profissão. Ele conta que após 1 ano que ingressou na corporação, viveu uma experiência fantástica.
"Em uma madrugada fria, em meados de 2001, tocou o alarme de resgate. Fomos chamados para auxiliar uma gestante. E como sabemos, há uma enorme diferença entre trabalho de parto (que pode durar até 12 horas) e parto de emergência", disse.
O bombeiro junto de sua equipe, partiu para o endereço da ocorrência. Quando chegaram no local, foram surpreendidos com acenos de familiares eufóricos, nervosos e apreensivos.
"Ao descermos da viatura, uma voz feminina agradeceu nossa presença. Corremos para um quarto e, para nossa surpresa, uma mulher de uns 27 anos já estava com o 'coroamento' do bebê [quando já se consegue visualizar a cabeça da criança]. Não tivemos tempo de nos paramentarmos. O bebê tinha pressa. Nos preparamos como foi possível e em poucos minutos, ouvimos o primeiro choro, rasgando o silêncio da madrugada", narra.
Camillo disse que nessa hora, a emoção tomou conta de todos que estavam compartilhando esse momento único.
"Meus olhos se encheram de lágrimas, afinal, muitos dos meus amigos de profissão com 20, 30 anos de trabalho, não tiveram o privilégio de participar desse momento tão sublime", conta.
Segundo o bombeiro, o bebê (um menino) nasceu saudável e a mãe teve uma excelente recuperação.
"Conduzimos à maternidade onde foram entregues aos cuidados médicos. Na mente e no coração, trago esta recordação, juntamente com mais três partos que tive o privilégio de assistir, explica.
História como a do Augusto Camillo, entre tantas outras, são histórias inspiradoras, que mostram a importância da profissão como uma vocação, que auxilia o próximo, que atua para proteger a população, que salva vidas.
"Recordando estas histórias, ainda consigo 'ouvir' o choro do bebê, choro este que todo bombeiro se alegra e sonha em ouvir", finaliza Camillo.